quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

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sábado, 23 de fevereiro de 2013

Carta aberta ao verme que primeiro roeu as frias carnes de meu cadáver


"Don't hate me for your trouble, don't blame me for your trouble".

Sente-se que agora é a hora de ajustarmos o placar.

Se ainda existia qualquer sentimento (além de inércia), tudo foi macerado e virou nojo. Eu sinto nojo por ter compartilhado coisas com você, eu sinto nojo por ter sido sua amiga. Nojo por ter te escutado e por ter me convencido de que o que você falava continha alguma verdade.

Eu deveria ter escutado meus amigos. Deveria ter escutado quando o M. falou que, se eu estava precisando me esforçar muito para gostar de você, deveria ter te largado. Eu nunca me apaixonei por você, vejo agora. Me apaixonei pela malha de adversidades e problemas que você carrega. Eu, a final, queria apenas te ajudar. A superar o trauma pela morte do seu pai, o ódio que você carrega pela sua mãe e o desprezo que você tem pela sua família e pelas pessoas que tentam se tornar suas amigas. Você não é melhor que eles. Você não é tudo isso que acha que é.

Eu não sou culpada por, finalmente, ter decidido que merecia viver minha vida. Não sou culpada por ter decidido que também tenho o direito de ser feliz. Foram dias de choro e pressão, onde me dediquei exclusivamente ao trato da sua saúde. Eu larguei tudo por você e pelo que eu achava certo. Eu me humilhei por você, eu cuidei de você, passei mais tempo no hospital que em qualquer outro lugar por você. Eu corri atrás de remédio, corri atrás de quimioterapia. Quando você operou o cérebro, fui eu quem passou a noite cuidando de você, te dando remédio e monitorando seus batimentos cardíacos. Quando você teve suspeita de H1N1, fui eu quem passei a noite em um banquinho de enfermaria, passando frio e fome, com uma máscara mal posicionada, cuidando de você para que você não ficasse sozinho. Não foi sua mãe. Não foi sua irmã. Fui eu, aliás, quem te levou ao médico pela primeira vez. Você teve o diagnóstico graças a mim e a atenção que eu dispendi para você. Fui eu quem se abaixou para limpar sua bunda suja de cocô. Eu troquei as suas fraldas, eu fiquei monitorando a sua sonda. Em nossa relação, você esteve mais tempo doente do que saudável, e isso não é sua culpa. Mas não venha usar isso como desculpa para despejar toda a sua loucura em mim. Eu me mantive do seu lado até mesmo depois de ter descoberto que você me traiu.

E você me traiu sim. Traiu a minha confiança, me apunhalou por trás. Isso não se justifica, se admite. Reconheça que você falhou. Reconheça que você fez merda. Reconheço que, só por esse motivo, eu já mereceria ter me afastado e ido viver a minha vida em paz. Você fez suas escolhas e eu mereço fazer as minhas.

Não senhor, eu não vou ser a culpada dessa vez. É sua hora.

Encare os fatos. Eu me dediquei exclusivamente a você durante todo esse tempo. Eu estava do seu lado quando você precisou. Mas eu sou uma pessoa diferente de você, um indivíduo, um ser humano a parte, e não tenho culpa por meus sentimentos terem mudado a ponto de se resumirem a nada. Nosso relacionamento chegou em meia-vida, estava em decaimento exponencial. Eu prometi a mim mesma que seria honesta e que não ficaria com você por pena. Eu já não sentia nada faziam meses. Semestres. Mas me mantive ao seu lado para cuidar de você e ajudar você a se curar. Eu me sacrifiquei em prol disso. E agora é minha vez de ser feliz.

Não aceito toda essa culpa que você quer jogar em mim. Não vou lidar com esse peso. Pode ficar aí, longe de mim. O seu mundo será maior e o meu melhor.

Eu sei que sou uma boa pessoa. Me mantive honesta comigo mesmo e só fiz o que achava certo, e não me arrependo. Não me arrependo de todos os amigos que fiz e de todos os que eu perdi nesse processo. De você, só peço maturidade. Você tem vinte e cinco anos (por mais que sua mãe o trate como um bebê). Por favor, pare de agir como uma criança mimada. Eu não pertenço à você. Eu só pertenço a mim mesma. Eu vou viver todas as coisas que eu quiser, independentemente das suas tentativas de estragar tudo. Eu vou assoviar, fechar meus olhos, arrumar meus óculos e seguir em frente. Você já me tomou alguns anos, me recuso a te dar mais qualquer outro segundo. Você era alguém que eu costumava conhecer. Agora você é um estranho que compartilha de memórias em comum comigo. Memórias que vem se esvaindo de minha parte, por sinal. Estou feliz agora e tudo o que vivemos parece ser só um borrão desinteressante e monótono.

Me deixe em paz. Me deixe viver a minha vida. Eu, minha família, meu namorado e todas as outras pessoas do mundo merecemos ser felizes e não contar com a sua interferência. Você já não consegue me machucar. Você não significa nada para mim. Eu não te culpo por você ser quem você é, mas você não pode me culpar por odiar isso.

Acho que você deve ter me escutado cantarolar Garotas Suecas o bastante para saber que código de conduta deve seguir. Caso você não lembre, escute essa música. Ela é boa. "Quando um dia qualquer por azar/ você vira uma esquina e me encontra por aí/ não vale a pena fazer uma cena (...) e se um dia eu também te encontrar/ vou mudar de calçada, vou sorrir e disfarçar/ e você também irá".

Espero que você tenha notado que eu não tenho mais assunto nenhum em comum com você. Eu não quero mais conversar sobre isso, eu não sou sua amiga. Eu nunca vou voltar com você, eu nunca vou me arrepender do que fiz e, a partir de agora, nunca mais me sentirei culpada. Independentemente do que a Heloisa vier me dizer, independentemente de todas as mensagens que vocês tem mandado para mim e para meu namorado. A gente vai ficar bem, não se preocupem. Eu prometi à ele (e para mim mesma) que não me estressaria mais com isso e que não falaria mais com vocês. Por mais que eu me sinta culpada por fazer com que o cara mais fascinante do mundo tenha que lidar com essas coisas, eu confio nele e sei que ele está fazendo isso pelo meu bem. Porque nesses poucos meses de namoro que tenho com ele tive mais carinho e respeito que em todos os nossos anos juntos.

Eu não sou mais aquela guria de quinze anos, desorientada e triste que você conheceu. Agora eu sei o que eu quero e você não está incluso na lista. O que você faz não me diz respeito mais, mas não me desrespeite. Porque, caso você o faça, te olharei por cima das lentes dos meus óculos e sorrirei despejando um pouco de ironia. No fundo eu sei que sou melhor do que isso tudo. Eu não preciso de você, agora eu tenho a mim.

Eu não tenho medo de encarar você. Saiba que eu notei que não há muito mais em você do que enganos e mentiras.

A gente não é uma música do Cat Stevens, mas, se quer fazer drama, ao menos me deixe viver nesse "wild world" sozinha.

É válido ressaltar, mais uma vez, que você não me afeta em nada? Keep fishin'.

Passe bem. Seja feliz.
Até nunca mais.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Top 3 - Porteiros que, por coincidência, também eram caras legais

Alexandre Pires me mostrou, ainda quando pequena, o senso de urgência e importância existente no ato de um cara conhecer o porteiro do prédio da guria. O trecho icônico de "Interfone", quando ele diz que "o porteiro é novo, ele não me conhece, 'tá cheio de suspeita, 'tá desconfiado" e como isso o impede de subir e amar a moçoila, eu soube que todos os porteiros deveriam conhecer meu talvez-existente-no-futuro namorado. Aí eu mudei de condomínio e, agora que tenho namorado, não tenho porteiro para ser apresentado. O que deve ser a vida ironizando com a minha cara por eu ter me preocupado tanto em algo me fundamentando apenas em uma música do Alexandre Pires. Sério, cara, quem faz isso?

# 01, Seu Nelson
Quando eu era menor e morava do outro lado da cidade, eu não tinha muitos amigos (menos que agora, veja bem). Então não era de se espantar que eu passasse boa parte das minhas tardes conversando com os porteiros. Dentre eles, estava o seu Nelson. Seu Nelson era um cara alto e era velhinho e, toda vez que eu chegava em casa, ele dizia algo como "Ô, menina...!" e me dava balinhas. Tem como não gostar de um porteiro que te dá balinhas? Eu conversava muito com o seu Nelson e ficava magoada com ele quando ele fumava. Quando meu vô era vivo, os dois fumavam juntos, e isso me deixava um bocado perturbada. Um dia o seu Nelson sumiu e eu soube que ele estava internado por causa do cigarro e da diabetes. Quando ele voltou, ele tinha amputado alguns dedos e não fumava mais. Esses tempos, passando por perto do condomínio, parei lá para dar um abraço nele. Ao me abraçar ele disse coisas como "Eu lembro de você pequenininha". Seu Nelson deve ter sido um dos poucos amigos de verdade que eu já tive.

#02, Seu Altair
Seu Altair não era tão meu amigo, mas me deixava me esconder no banheiro da portaria quando eu e o Luis brincávamos de esconde-esconde. Uma vez ele me deixou esconder embaixo dos monitores das câmeras de segurança do condomínio e nesse dia eu ganhei a brincadeira. Ele tinha as unhas aparadas do tamanho certo, menos a do dedo mínimo, que era um bocado avantajada. Ele usava-a para separar as cartas de maneira engraçada e coçar o nariz. Minha mãe achava isso nojento.

#03, Seu Guinervaldo
Guinervaldo era um cara engraçado. Eu só o via nas madrugadas de ano novo, porque ele era o porteiro da madrugada e, sabe, eu era uma menina de família que só chegava cedo em casa. As vezes meus pais tinham de me levar no médico durante a noite e, quando a gente voltava, o Seu Guinervaldo estava dormindo e demorava para abrir o portão para a gente. Quando ele acordava e nos notava lá, ele limpava os olhos e sorria de um jeito muito peculiar. A cabeça dele nunca pareceu ser proporcional ao corpo e eu achava que ele parecia ser um mine craque, embora não consiga especificar bem qual.

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"... Não, sério. Pra mim é tudo culpa do Peanuts e do ideal que ele construiu ao projetar todas as expectativas do Charlie Brown na guriazinha ruiva. E, sério mesmo, eu achava ela meio cuzona. Mais que a Lucy."

(De vez em quando eu arranjo justificativas nada plausíveis para explicar toda a tara massificada que os homens tem).
(E Peanuts também explicaria a minha até agora inexplicável tara por caras tocando piano, mas isso é outro assunto, totalmente diferente, e que jamais será abordado em público).

Sick o me.

New love, new fun, new me. Isn't that the way it's supposed to be? New fear, nothings clear to me and that's how it's always gonna be. I've never been real sure of myself, never trusted someone else. Something you do puts my fears to rest.

We'll bring it up and never touch the ground and when you need me I'll be around. This is how it's gonna be, if you don't get sick of me.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

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'tava fazendo um exame chato hoje e, no meio da minha agonia, passou um cara assoviando "águas de março".

Achei bonitinho.
(E quase apropriado).

xx
Tomei Bório e 'tou radioativa. Achei engraçado o shuffle ter jogado "codinome dinamite" como a próxima música a ser escutada.

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"Marjorie, 'cê fica aí chorando por causa dessas pessoas... Elas não sabem nem quem é Truffaut".

Pior é que não sabem.
(Não que isso realmente importe).

"Agora pare de ficar aí chorando igual uma idiotona. Você está pior que o Max Fischer depois que foi expulso da academia Rushmore".

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... E em 2008 os dias rodopiavam ao som de bandas independentes, passavam sem cor e pareciam estar sempre frios.

('tou voltando a escutar àquelas bandas).

Despite all my rage...

... I am still just a rat in a cage.

Someone will say what is lost can never be saved.


domingo, 17 de fevereiro de 2013

Holland, 1945.

But now we must pick up every piece
Of the life we used to love
Just to keep ourselves at least enough to carry on.

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Cat Power 'tá ali cantando "Sea of Love" e eu só fico aqui pensando em responder tudo com "NOPE".

"... Come to me, my love, to the sea, the sea of love"
Nope.

Fome me deixa trezentos por cento mais ranzinza que a taxa normal.

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Dias passíveis de serem tageados em "only hurts when I breath".

(Only hurts when I breath, all this blood is so sweet. Trezentos anos depois de ter escutado uma gravação porca da banda (já extinta) d'um amigo meu, continuo cantarolando isso quando estou triste).

Não se perca por aí.

E, se um dia, eu também me levantar querendo ouvir Roberto, eu sei que vou me acostumar. E você também irá.

E, se um dia, eu também te encontrar, vou mudar de calçada, vou sorrir e disfarçar. E você também irá.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

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"Ah, deixa eu pegar o disco mais novo do Yeah Yeah Yeah's. Yeah Yeah Yeah's é sempre bom."
"Caramba, cadê esse CD? Não tenho aqui? O mais recente é esse de 2007-- Pera, o disco novo é o de 2007."
"Seis anos. Cacilda."
"'tou medindo o meu tempo de vida pelos discos do Yeah Yeah Yeah's. Quão indie eu sou por isso?"

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E quando eu paro e penso no formato que meu coração deve ter, cheio de cicatrizes e veias, que o cortam e o recortam e o separam em vetrículos e átrios, fico satisfeita por ter um coração que funciona no final. Porque quando eu olho para o céu -- ou para as flores, ou para os cachorrinhos, ou para qualquer coisa boba que o valha -- eu dou graças por esse órgão visceral e oco poder se encher de cor e respirar.

Mesmo que isso me faça carregar o peso e a parte tão cruel que a vida insiste em me mostrar, mesmo com todas as pedras e tropeções, se existe algum amor em mim, que se mostre. E que cresça.

E quando chegava o outono eu costumava esquecer de como as árvores podiam ficar floridas, e quando chegava o inverno e o peso do céu azul tornava os dias insuportáveis de serem vividos. E eu via os galhos secos e contorcidos e perguntava se, naquela árvore seca, que assemelhava-se tanto à mim, poderia crescer algo.

Houveram dias onde aquela música assoviada não significava nada, em que enxia-me de cachecóis e disfarces para que ninguém notasse. Porque eu gostava de acreditar que, depois de tanto ter chorado, havia desenvolvido uma espécie de resistência contra qualquer coisa sentível.

E os dias passaram-se cheios de névoa, de pressa e de pressão. A fumacinha de frio que costumava sair enquanto falava foi diminuindo e as geadas se tornaram escassas. As minhas palavras já não cortavam o ar. E eu parei de sentir como se tivesse que ser Tender Branson.

E quando nossos batimentos cardíacos se resumirem a duas linhas retas? E quanto o ruído dos nossos sapatos bater ao mesmo tempo?

E se eu afastar meus casacos e me desarmar, enfim?

Então chegou a primavera e eu notei que, além do sol, as flores também precisam de chuva para florescerem.

E, se existe algum amor em mim, que ele cresça. Que ele floresça.

ANOTHER REMINDER

The world is heavy, but your bones -- just a cubic inch -- can hold 19,000 lbs.

Ounce for ounce, they are stronger than steel.

Atom for atom, you are more precious than diamond.

And stars have died so that you may live.

You need to remember these things when you say that you are weak and worthless.

("Put Sufjan Stevens on and we'll play your favorite song. "Chicago" bursts to life and your sweet smile remembers you, my hands open, and my eyes open. I just keep hoping that your heart opens.")

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

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You only hold me up like this 'cause you don't know who I really am. Sometimes I just want to know what it's like to be you.

I used to waste my time dreaming of being alive -- now I only waste it dreaming of you.

Atualização de listas

Segundo a Universia Brasil, existem 39 livros os quais todos devem ler antes de morrer. Satisfatório saber que já li alguns :)



1. » Assim Falava Zaratustra, de Nietzsche (em Inglês)

2. » A Moreninha, de Joaquim Manuel de Macedo

3. » Anna Karenina, de Leon Tolstoi (em Inglês)

4. » Guerra e Paz, de Leon Tolstoi (em Inglês)

5. » Os Irmãos Karamazov, de Fiódor Dostoievski (em Inglês)

6. » Recordações da Casa dos Mortos, de Fiódor Dostoievski (em Inglês)

7. » O Retrato de Dorian Gray, de Oscar Wilde (em Inglês)

8. » Frankenstein, de Mary Shelley (em Inglês)

9. » Édipo Rei, de Sófocles

10. » Ilíada, de Homero (em Inglês)

11. » Odisseia, de Homero (em Inglês)

12. » As Flores do Mal, de Charles Baudelaire (em Inglês)

13. » Os Sofrimentos do Jovem Werther, de Goethe (em Inglês)

14. » Germinal, de Émile Zola (em Inglês)

15. » O Crime do Padre Amaro, de Eça de Queirós

16. » Os Maias, de Eça de Queirós

17. » Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carroll (em Inglês)

18. » Pollyana, de Eleanor H. Porter (em Inglês)
19. » Pollyana Moça, de Eleanor H. Porter (em Inglês)

20. » Um Conto de Duas Cidades, de Charles Dickens (em Inglês)

21. » O Conde de Monte Cristo, de Alexandre Dumas (em Espanhol)

22. » A Arte da Guerra, de Sun Tzu (em Inglês)

23. » Ulisses, de James Joyce (em Inglês)

24. » Eneida, de Virgílio (em Espanhol)

25. » A Metamorfose, de Franz Kafka

26. » Dom Casmurro, de Machado de Assis

27. » A Mão e a Luva, de Machado de Assis

28. » A Tempestade, de William Shakespeare (em Inglês)

29. » Hamlet, de William Shakespeare (em Inglês)
30. » O Banquete, de Platão
31. » A República, de Platão (em Inglês)
32. » Elogio da Loucura, de Erasmo de Roterdã

33. » Ilusões Perdidas, de Honoré de Balzac (em Inglês)

34. » Amor de Perdição, de Camilo Castello Branco

35.» Inocência, de Taunay
36. » O Seminarista, de Bernardo Guimarães

37. » Senhora, de José de Alencar

38. » Sonetos, de Luis de Camões

39. » Os Lusíadas, de Luis de Camões

(fonte).

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And maybe next time I'll remember not to tell you something stupid, like "I'll never leave your side".

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Nota

Anoitecer d'uma noite qualquer de 2010, pés para fora da janela, refrigerante sem gás, Rockz e um livro qualquer.

Previsão.

(E o chão se abriu/ sob a nuvem negra (...)).

Lista de coisas que eu costumava fazer sozinha e que sinto saudades

(Ou: Calma aí, Marjorie, não era só porque você estava sempre sozinha que você era sempre tão triste).

1. Vestir vestidos com meias de lã e caminhar pelo centro no inverno
2. Passar as tardes fotografando o céu
3. Testar milhões de receitas de bolo de caneca
4. Ir ao cinema
4.1. Ir o cinema e chorar infinitamente com os filmes
5. Sentar em praças e ler livros inteiros durante uma tarde
6. Ir à mesquita caminhar só de meias pelos tapetes
7. Escrever
8. Conversar com desconhecidos em situações aleatórias
9. Passar a tarde conversando com o Nelson
10. Ir de bicicleta à praça da Espanha em tardes ensolaradas de domingo
11. Visitar asilos
12. Visitar orfanatos
13. Ser voluntária em uma creche
14. ... E em um hospital
15. Jogar xadrez com os velhinhos da biblioteca pública
16. Conversar com o funcionário da seção de quadrinhos da BPP
17. ... E brigar com o da seção de história
18. Ser amiga dos guardas da BPP
19. Sentar na sombra das árvores e ficar bebendo chá enquanto esperava o horário da aula, no politécnico
20. Explorar todas as ruelas do centro de Curitiba