domingo, 28 de agosto de 2011

Virtual Life

Facebook: "No que você está pensando agora?" Na forte ânsia de vômito que resolveu se abater sobre mim. Nunca tinha sentido isso antes. Essa vem com a dor mais forte que eu já senti. Mas não no estômago. Acho que está mais p'r'o coração.
Twitter: "What’s happening?" Lágrimas salgadinhas transbordando.
Chromium: "Busca mais recente" Autoestima.

Ao babaca que quebrou meu coração, destruiu qualquer rastro de confiança e auto-estima que eu costumava ter, Cheers!

Down by the water!

~

Foi só piscar o olho, e eu me apaixonei, enfim. No meio da fumaça, ele também gostou de mim. O tempo foi passando, o nosso amor saiu do chão e eu fiquei tão grande e mastiguei meu coração.

No meio da euforia aquele alguém (não) me protegia. E não foi por acaso que o encanto se quebrou. O tempo foi gastando o que não era pra durar, como se eu soubesse que não era amor pra todo dia.

Dessa vez eu tive medo, mas mesmo assim eu disse "sim". Percebi o percevejo e deixei cravado em mim.

Só eu sei que foi melhor assim... Ás vezes é mais saudável chegar ao "fim".

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Sobre as coisas que eu sinto

Eu estou com vontade de ligar para você, mesmo sabendo que isso iria te acordar. Eu estou com vontade de te fazer sentir as minhas lágrimas e de gritar que eu estou desesperada, porque eu estou.

Eu só queria que você estivesse aqui do meu lado, mas você não está.
Porque não tem como estar.


À você, verme, que primeiro roeu as frias carnes do meu cadáver, dedico com saudosa lembrança um pedaço do meu doce de abóbora em formato de coração.

Cheers. Thanks for everything. You hung me out by my heart. You're just so selfish, Johann. Yes, you are.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Neighbor down the hall*

 Eu queria que você morasse mais perto de mim. Assim, do outro lado da rua. Ou na rua de trás. Ou duas quadras para frente, porque é a parte do bairro que eu gosto mais.
 Não, não, eu queria que você fosse meu vizinho. Assim, vizinho de porta, porque aí quando faltasse açúcar ou chá aqui em casa eu iria na sua buscar e te roubava um abraço. Eu queria que você fosse meu vizinho, p'ra gente assistir filme até tarde e depois que a gente cansasse da bagunça da minha casa a gente poderia ir para a sua. E fazer mais bagunça lá. Eu queria que você fosse meu vizinho, porque quando eu ficasse com frio nos pés eu poderia te chamar para me esquentar. Eu queria que você fosse meu vizinho, porque, se você fosse, eu poderia bater na tua porta e ir dormir com você se eu sentisse medo. E eu sinto.
 Eu queria que você fosse meu vizinho, mas o vizinho da janela da frente, para a gente improvisar um correio com cordões e eu te passar um monte de post-its com mensagens de amor e corações. Eu queria que você morasse na janela da frente da minha, para eu te acordar toda manhã, com uma pedra estalando na sua janela, ver sua cara de sono e desejar bom dia. Eu queria que você fosse meu vizinho, porque se você fosse meu vizinho eu poderia te pedir para abrir um pote de picles e te pedir para ficar. E você ficaria.
 Eu queria que você fosse meu vizinho, porque aí a gente poderia ficar na nossa praça olhando as estrelas durante a madrugada nos dias que a gente quisesse, mesmo que fosse dia de semana.
 Mas já que você não é meu vizinho, tem problema não. Eu pego um ônibus, vou correndo, peço até carona para te encontrar.

*Benji Hughes