sábado, 18 de dezembro de 2010

Neutral Milk Hotel.

Trilha sonora desta aprazível noite de verão  primavera.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Nota #556

Quando eu estou triste, eu me imagino em uma floresta, densa e nublada, com um vento gelado no meu rosto.

E eu escuto violinos.


'tou triste agora, mas nem sei porque.

Esse vazio tão cheio.

A madrugada me deprime, e tudo começa a me doer em proporções imensas.

Eu lembro da sensação que me abatia quando eu acampava e sinto falta.
Hoje o céu está sem estrelas.

~

- Mas sabe, meu bem, talvez os melhores sonhos sejam aqueles que a gente não lembra. Começam sonhos, terminam sonhos. Aqueles, que você consegue lembrar talvez no máximo como uma sensação, mas não como uma lembrança concreta. Aqueles que, no momento em que você abre os olhos, se perdem, dispersam-se como fumaça e vão embora. Mesmo que você não lembre. Mesmo que você não saiba. Nós sonhamos todas as noites. Mas só acordamos alegres em algumas manhãs.
- Mas eu queria sonhar com você.

Marji had a violin.

Hoje eu assisti o Quebra Nozes no Guaíra.
Hoje eu vi a orquestra.

Hoje perdi um pouquinho do meu coração, de puro arrependimento por ter largado o violino.


Eu poderia estar lá.


Não sou tão boa como platéia.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Por outro lado...

"Mas, por outro lado,
encantado, apaixonado,
o coração,
como convém
quando se tem alguém
coladinho, colado."

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Do cotidiano.

Eu estava apressada.
Dia cinza, chuvoso, gelado. Correria de um lado para o outro. Só mais um médico. Só mais uma consulta. Só mais um resultado. O último (do dia).
E eu só queria pegar meu café quentinho e ir embora dali. Meu casaco comprido (não demais. Um pouco acima dos joelhos, bom para esquentar) totalmente molhado. O guarda chuva vermelho aberto, a sapatilha cheia d'água. E eu correndo.
A bolsa pendia no ombro, despreocupada, escorregando, enquanto eu lutava para manter a sombrinha sobre a cabeça, enquanto esforçava-me para manter o café tampado. Ele cozinhava meus dedos, porém meu corpo era gelado.
E meu coração era quente.

Foi quando aquelas duas moças me pararam. A mais nova, que não deve somar mais de vinte anos no RG, desfilava uma barriga enorme. Com um bebêzinho se formando, lá dentro. Estava com as mãos geladas, estava na chuva. E estava grávida. A mais velha, deveria ser a mãe, futura avó, estava com um papel em mãos. Perguntou-me sobre o endereço de uma rua. Franzi a testa ao afirmar que o endereço ficava a mais de três quilômetros dali. "Minha senhora, estamos quase na Praça do Japão. Este bairro aqui chama-se Batel. Vocês precisam ir até o centro." Emparelharam-se, abrigando-se da chuva. "Mas é tão longe assim, moça?". Senti um incômodo. Era muito longe. Estava frio. Estava chovendo. "É bastante longe sim. Calculo uns três, quatro quilômetros." "E a Rui Barbosa, é aqui perto?". Não era. Era ainda mais longe. "É longe sim. Faz o seguinte, desce mais umas duas quadras e pega um ônibus até lá. É um amarelinho. Nessas horas vocês conseguem ir sentadas!". Elas se entreolharam e sorriram. Me agradeceram ainda meio tímidas. Eu já estava encharcada. Meus ombros escorriam água. Meu café estava frio. "Obrigada, mocinha. Que Deus te abençoe." "Vão com Deus e se cuidem com essa chuva!" "Obrigada, querida! Que você tenha um feliz natal e todos os seus desejos se realizem." Elas viraram e atravessaram a rua. Eu ajeitei os óculos e corri para aproveitar o sinal de pedestres aberto.

Meu corpo era gelado.
E meu coração era muito, muito quente.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Nota.

Eu queria que a minha vida fosse uma foto de efeito vintage que as pessoas postam no Tumblr.

sábado, 31 de julho de 2010

Sobre o que já foi.

Minha primeira postagem escrita a luz do dia. Sirvam o champagne.

Eu adoro essa impressão de ordem que meu quarto está passando agora. Tudo no seu devido lugar, como não acontecia há algum tempo. Limpei tudo, me livrei de coisas que já não faziam mais sentido. Sinto um enorme prazer por tê-lo feito.

O dia está quente, ensolarado. O céu está azul. Meu tipo de dia preferido. Venta bastante, mas o vento que sopra não é gelado. É gostoso. Um leve cheiro de fumaça é perceptível.

Dias assim, com esse vento, esse céu e esse cheiro, me lembram da minha infância, de quando passava as férias na casa da minha vó. Este seria um dia típico para que meu tio queimasse os galhos recém cortados da paineira e do chorão. Talvez queimasse junto algum sapê. A gente queimava essas coisas em uma clareira, que ficava um pouco adiante da casinha na árvore, mas em direção ao muro, não ao local em que enterrávamos os gambás. Existem muitos gambás naquela casa, mesmo que ela esteja localizada dentro de Curitiba, e não seja isolada. De madrugada, vez ou outra, conseguimos escutar os passos deles, no telhado. Então encarregávamos de colocar veneno (pois sim, é uma crueldade) junto a comida que eles pegavam. Tardando ao máximo, dentro de duas manhãs estávamos subindo na parte interior do telhado (o sótão, por assim dizer) munidos de sacolas e protegendo o rosto com panos. Passávamos pelas salas correndo e íamos até a floresta, sepultar os bichinhos. Mas gambás não foram os únicos animais que já enterramos. Antes de ter vendido parte do terreno para a construção de um condomínio, a floresta era maior. Encontrávamos cobras, macacos e tucanos. E tinhamos cavalos. Minhas lembranças deste tempo são bem apagadas. Lembro-me bem das férias, onde todos os meus primos se reuniam lá. Meu avô pregou uma cesta de basquete, e eles sempre me deixavam ganhar. Certas vezes jogávamos a bola para o outro lado do muro. Motivo para passar pela nossa portinhola secreta e ir desbravar mares nunca dantes navegados. Matávamos nossas tardes pulando exaustivamente na nossa cama elástica e no fim do dia meu avô descia a escada externa da cozinha, sempre munido de doces e coisas que adorávamos comer. Mais tarde existia a fila do banho, onde todos eram distribuidos entre os banheiros da casa. Depois da janta, jogávamos na sala. Depois dos jogos, deitávamos, já exaustos, todos juntos, no quarto em frente a cozinha (Ponto estratégico para fugas noturnas, em busca de resto de sonhos e gengibirra). De manhã bem cedo, meu avô preparava um nescau (o único nescau que não me recuso a beber) divino, vitamina de abacate e coisas assim. Logo depois da higiene matinal, corríamos para o mato, para o desespero da minha avó. Sujávamo-nos por inteiro, ora na árvore panela, ora amarrando cordas para uma tirolesa. Os dias passavam sem pressa, e mesmo assim eram rápidos. As noites caíam suavemente, e eu desejava aquilo para sempre.

Pois bem, cresci.
Crescemos.
Mudamos.
Separamo-nos.

Mas essas lembranças estão tatuadas definitivamente no meu cingulado anterior.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Contato imediato de zero grau.

Início de transmissão.
Latitude 25º25 s, 23:42, tocando "Hora de Partir", da Sabonetes.

Bem, agora já são 23:43.
As minhas cortinas estão abertas, assim como ontem. Aliás, gostaria de ter escrito este texto ontem. De madrugada, o céu estava no meu tom noturno preferido: Aquele marrom avermelhado, quase preto em cima, e bastante neblina. Particularmente excluiria a neblina, mas tudo bem. O céu estava bonito, e a lua estava enorme.

Agora está tocando "Hotel".
"Ah, o tempo passa e eu penso demais, para dizer ao vento o que me satisfaz, tanto faz, o tempo passa e eu penso demais. Pode ser que eu tenha te deixado para trás... E eu sigo... E eu minto... E eu sinto"

A lua de hoje está bonita também. Um pouco menor, mas igualmente brilhante. Eu sou apaixonada pela luz da lua. Hoje está ventando mais, e as nuvens estão brincando de cobrir o luar. É engraçado. Toda vez em que vejo a lua sendo coberta assim eu me lembro de algo, que na verdade não sei se é lembrança ou invenção. Meu tio avô tinha um consultório odontológico no centro de Curitiba (do lado daquela confeitaria maravilhosa! Olhe só, ponto estratégico...) e ele sempre me deixava brincar com umas seringas (não eram bem seringas... Bem, imagino que serviam para  aplicar aquela massinha das restaurações, mas isso não vem ao caso.) Não me lembro bem ao certo do consultório, mas ele era grande, e na verdade nem parecia um consultório odontológico. Voltando a lua, toda vez que eu olho ela assim, me lembro dos azulejos azuis do banheiro. Mas não era aquele azul de velha, era um azul escuro e bonito (aliás, tenho um esmalte com o tom similar!). Loucura, né? Eu vejo a lua e lembro de azulejos que talvez cobriram o banheiro do consultório odontológico do meu tio avô. E mesmo assim acho a lua bonita.

Eu não sei o motivo de estar escrevendo isso. Na verdade eu queria ter contado isso para alguém. Mas alguém não existe. Eu sei que é clichê e chato falar sobre isso, mas ninguém se importa com esse tipo de coisa.

A ventarola do meu quarto está aberta e o vento que sopra é gelado. E eu estou escutando Sabonetes. Tá aí outra coisa engraçada. Em Janeiro eu estava nesta mesma posição, escutando as mesmas músicas, mas com a janela totalmente escancarada e os pés para fora. E eu passava as madrugadas sonhando. Acordada.

23:57, e a lua foi coberta.

Ontem, mais ou menos neste horário, ou talvez um pouco mais tarde, eu estava olhando para o céu e lembrando da época em que eu acampava. Quando isso acontecia, eu sempre me dispersava para olhar o céu. As estrelas eram em maior número, eram mais brilhantes... Lembro de uma vez em particular. Não sei o local, nem a data, nem nada, mas lembro que subi um morro, com alguém, e vi, lá de cima, os carros passando na estrada, lá longe. Só os faróis brilhando. E o céu. E as estrelas.

Hoje o céu não tem estrelas. A lua está coberta. Não está quente e meus pés não estão para fora.

E eu já não sonho mais.

00:01, fim de transmissão.

domingo, 25 de julho de 2010

Vida presa em um loop de dias vazios.

x

Vou vender ela no Mercado Livre. "Pouco danificada".

x

"Eu quero saber, qual vai ser a tua. A minha é não querer dar continuidade ao que parei."

x

Nem dor, nem nada.
Só vazio.

x

Acontece que as respostas de ontem já não servem para as perguntas de hoje.

x

"He was deep like a graveyard, wired like TV."

x

"Me especializei em ser ninguém e ficar invisível, sempre no meu canto observando sem saber"

sexta-feira, 23 de julho de 2010

"Eu sinto falta das minhas reações químicas. Era tudo mais fácil. Você manipulava e virava etanol!"

De vez em quando eu solto uns comentários aleatórios que só tem graça para mim.

terça-feira, 6 de julho de 2010

λ

Foi na aula de física.
"Essa merda não faz sentido."

Claro que faz Marjorie, claro que faz.

domingo, 4 de julho de 2010

Slow motion suicide.

"Você nunca me disse!"
"Você nunca me perguntou!"

o fato de eu não me demonstrar claramente não quer dizer que eu não sinta.

sábado, 3 de julho de 2010

22

Rodriques diz:
Mas, calma, Marjorinha, eu vou encontrar minha alma gêmea.
QUE ME CHAME DE LINDA AO INVÉS DE GOSTOSA.
Marjorie diz:
HAHAHAHAHA, Que te ligue de volta quando tu desligar na cara dele…
Rodriques diz:
Que deite embaixo das estrelas e escute as batidas do meu coração, ou que permaneça acordado só para me observar dormindo…
Marjorie diz:
O homem que te beije na testa.
Rodriques diz:
Que queira me mostrar para todo mundo mesmo quando eu estou suando…
Marjorie diz:
HAHAHAHAHAAHAH, um homem que segure tua mão na frente dos amigos dele…
Rodriques diz:
Que me ache a mulher mais bonita do mundo mesmo quando estou sem nenhuma maquiagem e que insista em me segurar pela cintura…
Marjorie diz:
Aquele que te lembra constantemente o quanto ele se preocupa contigo e o quaõ sortudo ele é por estar ao teu lado…
Rodriques diz:
Aquele que esperara por mim…
Marjorie diz:
Aquele que vire para os amigos dele e diga "É ela, a mulher da minha vida!"
Rodriques diz:
ME ABRAÇA, AMIGS//

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Nota.

Saudades do tempo em que eu era praticamente Vulcana.

Sobre a copa do mundo.

O Brasil perdeu.
Fim.

A festa acabou, a luz apagou, o povo sumiu e a noite esfriou, mas a gente ainda está respirando e... aqui. É claro que a sensação de perder algo é horrível, e você tem o direito de ficar BOLADÃO, mas isso é algo que acontece e que se supera. Essa organização de prioridades de boa parte das pessoas deveria ser revista. Futebol é só futebol. Manolos, get a life! É claro que seria ótimo se a gente sempre ganhasse, aí todo mundo ficaria feliz e sairia festejando e se sentindo patriota. Mas, e depois?

Depois todo mundo iria limpar a cara e voltar ao trabalho.

Só estamos antecipando o inevitável.

Se você gritasse, se você gemesse, se você tocasse a valsa vienense vuvuzelense, se você dormisse, se você cansasse, se você morresse…
Mas você não morre. Então levanta a cabeça e parte para outra, José!

Tantas outras coisas para festejar e a gente fica aqui perdendo tempo com FUTEBOL.
O riso não veio, não veio a utopia e tudo acabou e tudo fugiu e tudo mofou, e agora, José?

O país do futebol chora. Menos eu.

terça-feira, 29 de junho de 2010

Notas.

Quando eu era pequena eu queria ser violinista, escritora e fotógrafa da National Geographic.

domingo, 27 de junho de 2010

Dez coisas sobre mim sobre as quais ninguém se importa mas eu gostaria muito que se importassem.

01. Eu sou muito chorona. Chorona demais. Chega a ser chato, eu sei, mas tem coisas que mexem comigo de modo que me fazem escorrer pelos olhos. E é difícil de segurar. Venho trabalhando nisso a anos, mas ainda não tenho cem por cento de eficiência. E quando eu choro, eu não quero que as pessoas ao meu redor fiquem com aqueles risinhos desesperados de quem não sabe o que fazer. Se não sabe o que fazer, fique quieto.

02. Eu não ligo para o modo como as pessoas se vestem, nem para o modo como arrumam o cabelo ou algo que o valha. Logo, não ligo nem um pouquinho para o que estou vestindo, ou aparentando.
03. Eu não tenho nojo de praticamente nada. Para ser bem sincera, a única coisa que me enoja e que consigo lembrar é o calcanhar de maracujá. Então é bem provável que eu fale um monte de nojeira para você sem nem sequer me dar conta. Desculpa.
04. Eu odeio quando alguma coisa dá errado, ou quando surgem aqueles silêncios, ou quando quebro as expectativas de alguém. Portanto é bem provável que você me pergunte algo e eu já responda me desculpando. Isso deve ser extremamente irritante e constrangedor, mas é algo que foge do meu controle.

05. Eu sou meiga. Por dentro. Eu não demonstro para ninguém. Hãn, err, para quase ninguém. Funciona mais ou menos assim: Eu não levo em conta o tempo que conheço a pessoa, mas sim a segurança que ela me transmite. Não raramente alguém consegue minha empatia gratuita. Desde pequena, quando eu via pessoas que realmente mostravam o que sentiam, ou meninas fofas, sempre notava que essa imagem estava intimamente ligada com a impressão de ignorância. Certa vez li algo como "Pessoas felizes são pessoas ignorantes" e fiquei com isso na cabeça, por muito tempo. E comecei a esconder o que eu sentia, me fantasiando de menina forte e bem resolvida. Mas eu não sou assim. Eu sou uma fracotinha que tem o coração derretido ao ver a árvore preferida ou um casalzinho feliz da vida. Só não conta para ninguém.

06. Eu sou romântica. Romântica a ponto de evitar de me apaixonar por ter expectativas e planos muito bem definidos sobre um relacionamento. Não que eles sejam surreais ou difíceis de serem correspondidos, só ainda não acho que encontrei alguém que consiga suprir toda a minha necessidade de fofura e cafonice (Digo, se encontrei não sei. É que eu sou péssima em ler entrelinhas, vide item 7). Eu sonho com flores, abraços e declarações de amor. Em abraços quentes (e quando digo quente não estou fazendo nenhuma alusão à sexualidade explícita. Estou falando de temperatura corporal mesmo.), em silêncios que dizem tudo. Olho no olho, sorriso, amor. Amor mesmo, de verdade. Amor de poder dizer "Eu te amo" sem ter dúvida e sem vergonha de parecer demodê, de andar de mãos dadas, de tomar café e conversar sobre qualquer coisa. Amor de ser amigo, de ser companheiro. Amor que valha a pena, que dure e que seja feliz.
07. Não sei ler entrelinhas. Não consigo. Portanto, se quer me dizer algo, simplesmente... Diga. Eu prometo entender. Só não perca seu tempo me mandando mil indiretas. Sou insegura demais para compreender algo que alguém quer dizer mas não diz. Tanto que praticamente todo o meu dia é compartilhado com certos amigos que me ajudam a interpretar os fatos ocorridos. De verdade.

08. Eu tenho alguns bons amigos. Metade deles são virtuais. E eles sãoamigos. Meninas e meninos podem sim ter um relacionamento de amizade, apenas. Eu não quero nada com eles e eles não querem nada comigo. Agradeceria se me poupassem dos comentários sobre nossos "possíveis relacionamentos" ou "paixões platônicas". Isso não existe. São meus amigos de fé, meus irmãos camaradas. Eu não vou fugir para a Polônia para ter mil e uma noites de amor com o Michal, não vou dar uns beijos no Rodrigo e não vou namorar com o Niuton. Mas eu vou amá-los para sempre. 
09. Eu tenho muita vergonha de mim. Tenho vergonha do meu corpo, tenho vergonha do meu jeito de ser e do que eu penso. Eu me escondo. Eu tenho manias esquisitas, como aquela de imitar o homem-aranha quando estou nervosa, ou de fingir que tenho um sabre de luz. É vergonhoso mas sou eu.


10. Eu sou fanática por abraços. É uma das coisas que me deixam mais feliz. Se eu estou mal, um simples abraço já me deixa fodidamente feliz. Eu acho que, em diversas vezes, um abraço significa bem mais que, hm, sei lá, um beijo.

sábado, 26 de junho de 2010

Atualização de listas.

Desprezos e Desafetos.

Calor
Suor
Carne de Porco
Fedor
Rosa
Abacate
Unicórnios
Sertanejo
Casaco curto
Calça quente
Céu nublado
Conexão lenta
Elisa
Cabelo penteado
Gente ruiva
Olhos azuis
e verdes
Areia
Mar
Sol
Sujeira em aquário
Ônibus lotado
Perder tempo
Falta de sono
Sentir sono demais
Dormir demasiado
Travesseiro baixo
Orkut
Laranja com cor de rosa
Azul com amarelo
PT
Atrevida
E todas as outras revistas de guriazinhas
Rio de Janeiro
Sotaque
Funk
Rio fedido
Bicicleta
Unha rosa
ou qualquer outra cor clarinha-discretinha
Carne assada
Tênis esportivo
Jaqueta
Cheiro de fumaça
Marimoon
Sean Kingston
e suas beatifuls girls
Amor
Paixão
Confusão de sentimentos
Frio no pé
Luz queimada
Harry Potter
Crepusculo
e todas essas baboseiras de Stephanie sei-lá-o-que
Mochila pesada
Celular sem bateria
Giz de cera quebrado
Sardas
Lábio rachado
Garoa
Gente dizendo o que devo fazer
Bruno e Marrone
Adesivos
Carteirinha da escola
Aleatório
Gente dizendo que sou emo
Cobrador de ônibus mal educado
Goteira
Chicletes na sola do sapato
Salto
Bota
Silêncio
Saudade

Desejos e Afetos.

Uma vitrola
Uma coleção enorme de discos, para tocar na vitrola
Um tênis vermelho
Um lenço branco e vermelho, para combinar com meu casaco vermelho
O livro da Fantástica Fábrica de Chocolate
O mundo de Sofia, já que chutaram o meu (falo do livro, não do mundo)
Um Note decente
Uma câmera decente
Uma capa de chuva amarela
Uma cartola
Um casaco preto
Um vestido parecido com o da Karen O, do Yeah Yeah Yeahs
Um óculos de sol igual ao que eu tenho, só que vermelho
Um óculos com o meu grau certo, que pode ser do mesmo modelo que o de sol
Uma conexão boa
Uma pilha de livros que eu ainda não li
Café
Chá de Pêssego, bem geladinho
Dipirona Sódica
Um cachecol xadrez
Bolinho de chuva
Um balão amarelo
Umas camisetas
Umas camisas
Umas calças
Cds originais das seguintes bandas:
Those Dancing Days,
Ida Maria,
Scoulting For Girls,
Sonic Youth,
Cobra Starship,
Dissonantes e
Help She Can’t Swin.
Um cacto
Um sapo
Um gato, para se chamar Fritz
Uma passagem para a Noruega
Me embebedar de cerveja
Vomitar depois de me embebedar
Dormir em algum lugar inóspito, e acordar sem saber ao certo onde estou
Falar português bem certinho e bonitinho
mimimi
Quero pixar uma flor, em qualquer muro
Um caderno do homem-aranha
Um esmalte amarelo, que não fique parecendo que comi manga
Um corte de cabelo bem legal
Tatuar meu braço inteiro
Uma cartela de Lucky Strike
O Luis
Aprender a falar Inglês, Francês e novo Norueguês
Um jogo de Bets
Ua bola para jogar pé na bola
Gente para jogar pé na bola comigo
Uma garrafa de Coca
Um baixo
O mano em Curitiba, para me ensinar a tocar baixo
Uma banda
Uma fita vermelha para amarrar na testa, para combinar quando eu for dirigir o Biarticulado (bibii Thião, haha)
Uma fita amarela, para o caso de me remanejarem para o Fazendinha
Uma luva que combine com a minha toca de bomberman
Um cachecol que combine com a minha luva e a minha toca
Um Scrobbler do Last.Fm que rode no meu celular EM .JAR, PLEASE!
Uma melancia
Um livro de piadas do costinha
Mais tempo no meu dia
Menos sono
Uma escova de dentes elétrica
Bolhas para o meu banho
Um chá de bolha e um suco de arnica (haha)
Passar no vestibular
Fazer 18 anos logo
Sair de casa
Comprar um carro vermelho
Estampar um monte de camisetas, do jeito que eu imagino
Ir visitar a Jana na Alemanha, a Dolly em Israel, o mano em Alvorada e a Maz em Ribs (e mais toda a galera, haha)
Aprender a programar em C
Aprender a programar em C++, antes que o Maicon, haha
Chá de Pêssego, mas dessa vez quente
Uma tarde de sol bem gelada
Uma floresta de Ipês Amarelos
Joaninhas
Docinhos coloridos
Um colar preto, de bolinhas, bem grande
E um branco
Um vestido de bolinhas
Uma camisa polo, corsim cornão
Todos aqueles filmes Iranianos que eu assisti, com legenda amarela e gravados em dvd
“Nós nunca mais vamos acreditar em ninguém ♪”
Duas fantasias de macaco
Um Ipod Classic
Um Mein Kampf
Um arco novo para o meu violino
Um afinador para a minha guitarra
Um boné do Gabe autografado pelo Patrick
Uma garrafinha que nunca amace
Abraçar gente gorda
Bagunçar os cabelos de graveto do Álan
Um perfume de baunilha
E um de chocolate
E doce de abóbora em forma de coração
E Manjar Turco
Um secador laranja
Encontrar “A árvore dos desejos, de Faulkner”
Ler a árvore dos desejos
Dormir de tarde

Minha lista de pequenos prazeres (revista).

01. Cheirar amendoim recém assado (mesmo odiando amendoim!)
02. Morder a borda dos copos de plástico.
03. Céu azul e calor em pleno inverno Curitibano.
04. Cheiro de piso recém encerado.
05 Cheiro de grama cortada.
06. Barulho de grilos.
07. Pianista do Shopping Itália.
08. Doce de abóbora.
09. Soap & Skin em dia de chuva.
10. Flores secas esquecidas dentro de livros.
11. Vestidos de algodão.
12. Sapatilhas.
13. Café sem açúcar mas carregado de chantilly.
14. Ficar abraçada por horas.
15. Sentir aquela sensação de frio nas costas (que eu não sei explicar! Sinto muito raramente, quando estou fodidamente feliz e bem, e que é ótima. )
16. Quando alguém da rua sorri para você, sem motivo plausível.
17. Gaitas.
18. Fins de tarde.
19. Saxofone.
20. Quando o celular toca e é quem você queria.

domingo, 13 de junho de 2010

Domingo.

"Estou sentindo aquela coisa engraçada, sabe? Sei lá... Choque. Sabe aquele treco estranho que tu sente nas costas, tipo frio?"
"­Nas costas eu normalmente sinto dor."
"Porra, mano, é uma sensação ótima."
"Haha acho que nunca senti"
"­Mano, você precisa!"
Precisa. Mesmo.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Hardcore experiência.

Colour my life with the chaos of trouble.
Colour my life with gas.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Post de número perdido II.

Se a réstia de sol tragou parte de mim, o cair da noite me roubou todo o resto.

Post de número perdido.

E esta réstia de sol de fim de tarde traga uma parte de mim.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

One, two, three, four.

Cardiac kid, kinda like it, kinda like it, cardiac kid don't go.
Chronological on all your friends
first you'll cause accidents
raise the roof
make us tense
follow through to the ends
and we'll rip the heart out from the defense.

The lion reaps his own reward
Serengeti nightmare for the echo tour
you're a nice guy and I hate you for that
thanks to people like you I'm no longer that

Mandrake versus the snake,
I got it on the camera for posterity,
of my stolen wild orchids got cut,
see those Sherpas sherpin (chirping?) from the autobus.

It's got the right to sit on that face,
well it was put here for me because I am great,
I've got the right to sit on that face,
everybody look at me and my wonderful place.

Patty, patty, patty you're so catty,
and it's not fair because I like to doody doddy do,
Catty, catty, catty you're so patty,
and it's unfair cause I like to doody doddy do with you,
and it's unfair cause I like to doody doddy doody da with you,
di da di doody da with you.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

//

Hão de chorar por ela os cinamomos,
Murchando as flores ao tombar do dia.
Dos laranjais hão de cair os pomos,
Lembrando-se daquela que os colhia.

As estrelas dirão: - "Ai, nada somos
Pois ela morreu silente e fria..."
E pondo os olhos nela como pomos,
Hão de chorar a irmã que lhes sorria.

A lua, que lhe foi mãe carinhosa,
Que a viu nascer e amar, há de envolvê-la
Entre lírios e pétalas de rosa.

Os meus sonhos de amor serão defuntos...
E os arcanjos dirão no azul ao vê-la,
Pensando em mim: -"Por que não vieram juntos?"

Alphonsus de Guimaraens

domingo, 6 de junho de 2010

Domingo.

Vai, deixa eu falar.
Este foi, sem dúvida, um dos fins de semana mais reveladores de todos. Não pelo que foi dito, mas pelo que não foi. Ouvi coisas totalmente necessárias e li coisas que me deixaram pensando por horas. E essa sensação de "Porra, então é isso!" é ótima.
Ótima mesmo.

Tem coisas que precisam (e vão acabar) logo. E é melhor que seja rápido mesmo, porque 'tou pouco me lixando para datas e o escabau a quatro. O que importa é a minha maldita opinião sobre as coisas. E que se foda.

I'm not here for your entertainment
You don't really want to mess with me tonight
Just stop and take a second
I was fine before you walked into my life
Cause you know it's over
Before it began

sábado, 5 de junho de 2010

4 semanas inteiras.

A pior parte é que eu não só estou parecendo idiota, como dizia antigamente, para o Maicon. Eu me tornei idiota.

Subtexto.

"Oi, tudo bom?"
Você é tão lindo
"Gosto de você"
Quer ficar comigo para sempre?
"Vamo sair hoje?"
"Você é legal"
Estou apaixonada
"Preciso beber"
Eu preciso de você
"Não vá embora"
Não vai ter mais graça

"Você é tão linda"
Até que é bonitinha...
"Você é legal"
Me empresta dinheiro?
"Que tal um beijinho?"
Que tal uma rapidinha?

"Massa teu cabelo"
Que cabelo feio
"É só minha amiga"
O amor da minha vida
"Vamos ser amigos?"
Não gosto de você
"Melhor dar um tempo"
Vai se fuder


Que pena que essa noite acabou e você não entendeu...

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Sobre investir em causas (quase) perdidas.

Michał, sinceramente, eu costumo me assustar com o modo como você sabe mais sobre mim do que eu mesma.

"Don’t start me on the rum, Just because it makes me numb.
Start me on the whiskey I know whiskey is his drink.
You never drank it with me but now you drink it with him,
I’m not good enough for whiskey, not good enough for you.
Let’s start drinking wine, we used to all the time.
It used to go to our heads but then you went to his bed.
If the wine stains you lips red then tonight you might forget,
You might not go home to him you might stay here with me.
It is just wishful thinking that all this hard drinking might lure you back to my ramshackle stable,
There's no point in trying, the debutante was lying when she said that she did something that your lips could never do.
And if you know what's true then you know I love you.
Its six months since you left, you must be truly blessed,
Cause you look no less pretty, in fact you may be more so,
If you reap the seeds that you sow, Oh we both know you are going straight to hell."

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Machado.

Ao verme que primeiro roeu as frias carnes do meu cadáver, dedico com saudosa lembrança... Um pedaço do meu doce de abóbora em forma de coração.

terça-feira, 1 de junho de 2010

The Mummy.

01.
"Quer ver, Marjorie?"
"Ela já está vendo."
"Eu já estou vendo."
"Cara, acho que faltam umas flores aqui."
"Ela sempre fala de flores! Essa guria adora flores."
"Mas é um dragão..."
"Hey, eu não falo apenas sobre flores."
"Fala."
"Não falo."
"Então tá, me diz outra coisa para desenhar."
"Hãn... Vai... Flores."

Sorte sua que eu já havia feito a tatuagem do dia (que, sim, era uma flor) na sua mão pois, caso contrário, você ficaria sem. Humpf.


02.
"I'm in The Baby, it's my favorite band
I got their DVD, I've watched it 50 times
You love me, baby
I'm more alternative than Suicide Girls
I got something in my pocket
Eagles tickets, front row
Joe Walsh, go!"


03.
Todos os dias eu cruzo com uma mulher que é idêntica à Ida Maria. A cada dia eu encaro a tal em busca de mais detalhes e, pasme, a cada detalhe mais parecida com a Idinha ela fica.
Loucura, né?

04.
De tanto levá
frechada do teu olhar
meu peito até parece sabe o que?
taubua de tiro ao álvaro
não tem mais onde furá.

05.
"Aquela mulher lá, da quitanda de pastéis."

06.
Todos os dias eu te procuro, naquela casa vermelha.

07.
"Você sabe voar, estudante?"

08.
"Sabe porque vocês vão passar e a concorrência não? Porque enquanto eles estão na cama quentinha vocês estão aqui, estudando."

Eita concorrência feliz da porra.

09.
Midtown.

10.
Gente maluca.

Atraio aos baldes.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Nota.

Gritara - alto, muito alto.

Mas para dentro.

Sexta à noite.

Ele tinha total certeza de que avistara uma silhueta estreita, talvez até imaginária.
Mas poderia ser somente um sonho.

Era tão tarde que já era cedo.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Trecho.

"Você bem sabe que está vendo possibilidade na certeza de que não pode dar certo, né?"
-

"Se eu fosse você, seria o que eu faria. Mas, veja bem, "se eu fosse você" é um tanto diferente de "se eu estivesse no seu lugar"."
-

"E, além do mais, eu acredito que todo mundo tem o direito de olhar a janela, ficar triste e morrer um pouquinho."
-

"Eu já te disse um monte de vezes que ficar prorrogando o irremediável é fazer sofrer ainda mais."
_

"Para mim amor não é isso. Amor é quando você escuta a música ruim que a outra pessoa gosta e vê poesia."
_

"Não, paixão não é isso também. Paixão é quando você acorda pensando na pessoa porque foi dormir pensando nela."

Apêndice.

Enquanto a menininha pulava corda, a irmã usava uma para amarrar no pescoço e pular da cadeira.
Enquanto a família inteira chorava, a menininha sorria.
"Oba, agora o quarto é só pra mim".

Quote.

Sabe, amiguinhos, talvez tenhamos escolhido o ano errado para começar a viver.

_________________________________________________
Qual o preço dessa flor?

quarta-feira, 26 de maio de 2010

JP*

Minha estação preferida sempre foi o inverno.

Mas é que eu estou precisando tanto de um verão...

(E nem me venha com essa história de que esse ano tem La Niña e que o verão será insuportávelmente quente e seco. Eu quero e ponto final.)

*Vai saber o motivo, mas ao escrever esse post eu lembrei de um tal de JP, um piázinho que eu nem sequer conheço mas que, segundo o Will, não sabia o que era Discman nem Fita Cassete.

terça-feira, 25 de maio de 2010

:)

Vai, não é de ninguém mesmo. Toma pr'ocê.

"Esses dias eu acordei, era tarde já, e eu fui fazer um chá. O chá estava quente para caralho e me queimou a lingua. Mas eu nem liguei muito, já que eu tinha de tomar algo bem quente mesmo, para me aquecer. O frio está de rachar. O pior inverno que já enfrentei, mesmo ainda sendo outono, mesmo que as pessoas digam que ainda está quente, que já era para ter geado. Mania idiota essas que as pessoas tem, de menosprezar o que eu estou sentindo. O frio é meu, quem sente sou eu. Que droga.
Acontece que eu já estava atrasada (como todos os dias). Fiz tudo correndo, vesti minhas blusas e saí. O cabelo estava escondido pelo capuz, e mesmo que não estivesse, não faria muita diferença. Cruzaria com todas as pessoas com quem cruzo todos os dias, e elas já estão acostumadas a me ver descabelada, seja no frio ou no calor. Meu cabelo já fazem uns três dias que eu não penteio, e esse é o mesmo tempo que ele não é lavado. Como se alguém ligasse.
Eu estava bem agasalhada, mas ainda assim estava morrendo de frio. O que, na certa, era algo bem perceptível, a julgar pelo modo como meus lábios tremiam.
Mas aí eu te vi de longe, e você sorriu. Tive aquela sensação que começa no coração e termina no estômago.

Valeu meu dia, cara."

segunda-feira, 24 de maio de 2010

E por falar em saudade.

Então eu fui estudar.
Ângulos, graus, lambda e beta.
Mas nada daquilo parecia fazer sentido.

Deitei na cama e fiquei olhando o teto
e escutando Vinicius de Morais, que deixei tocando, baixinho.
Cochilei.

Acordei com meu celular tocando.
Olhei o display.
Fiquei brava.
 Achei que era você.

Estampa.

As únicas coisas que (ainda) guardo
em minha memória
são as estampas de todos os seus vestidos.

(via)

Dezembro.

"Ah, que vontade de viver..."
(...)
"Já passou."


Dias assim dão tanto... sono.
É tudo tão cinza, tão chuvoso, tão gelado, tão melancólico...
Tanta coisa esperando para ser feita, tanto problema para ser resolvido, tanto papel para ser folheado, tanto chão para ser varrido...

Mas, não, encontro-me refugiada no calorzinho acalentador da minha cama e das minhas cobertas, sem vontade nenhuma de levantar e... reagir, como diria mamãe.

Estou surpresa ao notar (por agora conseguir admitir) o grande saudosismo daquelas quentes tardes de Dezembro.

domingo, 23 de maio de 2010

Augusto.

Ele era só uma fotografia.
Sujo, torto, idiota. Grosseiro, velho, imbecil. Beberrão.
Mas que ganhou minha afeição de imediato.

Sem som, sem cheiro. Só palavras. E aquela fotografia.

Meio sorriso, nariz torto, olhos vermelhos. A garrafa de vinho (provavelmente vazia) que repousava sobre seu colo, seu óculos pendurado descompromissadamente no colarinho.

Me apaixonei do pior jeito. Furiosamente, fervorosamente, devotamente.
Te esperava em cada sinal, esperava trombar com você a cada esquina. Sonhava com cartas, flores e abraços. Senti o gosto do vinho, o cheiro do cigarro. Masquei o mesmo chicletes, pisei na mesma calçada.

Te amei por três dias e nenhum conto de réu.

Domingo.

Agora que eu estou um centímetro mais alta, três quilos mais magra, que eu penteio o cabelo, que consigo tocar Bach, que não esqueço minhas chaves, nem a carteirinha do colégio, nem o guarda chuva, agora que eu sou o orgulho da família, que sempre limpo os óculos, que sempre amarro o tênis, que larguei os bets de todos os caras por quem nutria paixões platônicas (ou quase todos) (putz, os imaginários // escritores // músicos não contam, né?) (todos), agora que eu não esqueço de dar banho nos cachorros, que lavo a louça, que arrumo o guarda roupa, que estudo, que quase não caio mais, que retorno ligações, que sorrio, que acordo na hora certa...

Agora que eu faço tudo isso, eu percebo que sou feliz,
Só não estou.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Ain't No Mountain High Enough

*Postagem programada*

Da série "Sou guriazinha mesmo":

(...) E vai ser tudo lindo, haverá flores - glicíneas de preferência - e estará frio, mesmo que as glicíneas só floresçam em Setembro. E vai estar tocando Buddy Holly e Ain't No Mountain Enough no repeat, durante horas, mas teremos a impressão de que só se passaram poucos segundos.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Le Petit Prince.

*Post programado*

"- Minha vida é monótona. Eu caço galinhas e os homens me caçam. Todas as galinhas se parecem e todos os homens se parecem também. E por isso eu me aborreço um pouco. Mas se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei um barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros passos me fazem entrar debaixo da terra. O teu me chamará para fora da toca, como se fosse música. E depois, olha! Vês, lá longe, os campos de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelos cor de ouro. Então será maravilhoso quando me tiveres cativado. O trigo, que é dourado, fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo...
A raposa calou-se e considerou por muito tempo o príncipe:
- Por favor... Cativa-me! Disse ela. (...)"

O Pequeno Príncipe tem sido meu livro de cabeceira.
Não por ser bonito, mas porque faz sentido, sabe? Faz sentido...

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Born Free.

Vai acabar sendo sempre assim.

Dentre todas as coisas inteligentes e notáveis que eu poderia te dizer eu sempre vou acabar escolhendo a mais idiota e verdadeira de todas.
Dentre os 365 dias do ano, você vai querer me matar em pelo menos 360 deles.
Dentre todas as coisas que a gente podia fazer, a gente sempre vai escolher nada.

E vai acabar sendo sempre assim.

domingo, 25 de abril de 2010

Kiss that grrrl.

That girl is giving you the eye, and I and I and I
Don't Like it how she makes you laugh so much
How when you're talking, that you touch
She's instantly more pretty and more interesting than me
She is thinking before she speaks
She is not all red and angry
I bet she doesn't like to eat
I bet her feet don't even stink!
I know your eyes are just for me... but..
.

Fernando Pando.

E aí você corre em círculos, até cair no chão.
No começo você até achava graça, mas agora isso te irrita de verdade.
E você corre, cai, corre.
E não para, até que esteja morto.

One week of danger.

Universo.
E tem umas coisas que eu realmente acredito, como aquela teoria de que existe uma cópia sua IDÊNTICA andando por aí.
E tem também umas coisas que eu tento acreditar, como nas 27 dimensões.

Mas aí sempre vem alguém e me diz para largar essas porcarias e começar a pensar em coisas importantes.

O que (quase) ninguém nota é que as coisas importantes são menos importantes e desnecessárias que as porcarias, ao menos para mim.

O que falta é respeito, sabe?
Respeito.

sábado, 24 de abril de 2010

The test.

Pessoas que não fazem o menor sentido.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

St Malo.

Te amo,
só que é pouco.

Tão pouco
que logo passo a desamar.

Tão pouco
que eu chego pertinho de te odiar.

Mas eu ainda assim te amo.
(Se é que isso importa.).

quinta-feira, 22 de abril de 2010

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Da série: Diálogos intermináveis.

- Andei pensando em cortar o cabelo, que tu acha?
- Sei lá, gosto dele assim.
- Então não corto?
- Não.
- Mas aí ele vai crescer e deixar de ser assim. Uma hora vou ter que cortar.
- Então corta.
- Agora?
- Na hora que você quiser.
- Mas se eu cortar agora ele vai deixar de ser assim.
- Mas eu gosto dele assim.
- Pois é.
- Então corta noutra hora.
- Acho que sim. Não quero que ele fique muito comprido.
- Gosto dele curto.
- Curto assim ou mais curto?
- Curto assim.
- Bom, porque se fosse mais curto eu teria que cortar.
- Ahãm.
- É, gosto dele assim também, eu acho.
- Agora, enquanto ele for assim, você vai lembrar de mim.
- Vou.
- Droga, mas ele só vai ser assim até crescer e você cortar. Aí não vai mais ser esse cabelo... E se você não cortar também não vai ser assim.
- Tem razão.
- E agora?
- Agora eu não sei...
- Tenho medo de ir cortar e a mulherzinha cortar errado. Essas mulherzinhas raramente vão com a minha cara.
- Eu vou com você e encaro ela, aí ela fica com medo e faz tudo certinho.
- Jura?
- Juro.
- O que me lembra que eu tenho de ir tomar a vacina da tal gripe, e eu meio que tenho medo.
- Quer que eu vá com você?
- Aí você encara a mulherzinha e manda ela enfiar a agulha bem devagar?
- Não, aí eu seguro tua mão.

Le petit prince.

" - Um dia eu vi o sol se pôr quarenta e três vezes!
E um pouco mais tarde acrescentaste:
- Quando a gente está triste demais, gosta de pôr-do-sol...
- Estavas tão triste assim no dia dos quarenta e três?
Mas o principezinho não respondeu."

terça-feira, 20 de abril de 2010

Nota.

Caro mês de Julho, favor chegar logo.

Grata, M.

Blur.

Dentre todas as coisas bonitas e sentíveis do mundo, eu quero todas.

She's so loose.

Carregar sempre as luvas no bolso, por medo do frio que começa nas mãos e vai até o estômago.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Slow Motion Suicide.

"Continuo fornecendo amor, mas ele está tão rachado e despedaçado... A insanidade sorri, e estes são os dias em que nunca chove, mas sempre transborda."

Big Bang.

De vez em quando é bom ter café e janela, para discutir se todo o universo foi criado ou apenas aconteceu.

domingo, 18 de abril de 2010

A design for life.

Dias saturados de pressa e de pressão, com horas que não passam.
Dias que insistem em não morrer.

Hannah and I.

Sorte de hoje: Sorria. Isso basta

Tô rindo.

sábado, 17 de abril de 2010

Video game heart.

These streets are too straight for your video game heart.
So why don’t you just break some hearts.
Yeah, this world is too straight for your video game heart.
So why don’t you just break some hearts.
I’m waiting for you to call.
I’m waiting for you to come over.
I’m waiting to fall for you.
So you can just fall for her.
Oh don’t you know that it breaks my heart in two,
each time I hear you’re thinking of me.
And when it seems like you don’t really care,
Somehow it makes me think I love you.

Paris.

E nem vem com essa que eu te olho por cima dos óculos porque sou prepotente.
É porque as hastes estão largas mesmo.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Home, sweet home.

"Eu acho que um dia eu vou casar. Não sei, mas se eu achar alguém que eu ame, não quero deixar passar. Imagino que eu possa ter filhos, construir uma família. Tudo bem comercial de margarina, tudo bem feliz."
"Hum."
"Hum, tudo o que tem a me dizer sobre meus planos de vida é "Hum"?"
"Acho que é, quer que eu diga o que?"
(...)
"Mas e você, little Roberts, quais são seus planos?"
"Eu sei lá. Vou fazer qualquer coisa, ter um gato para chamar de Fritz e completar minha coleção de HQ's."
"Só isso?"
"Como assim "Só isso?" Esse é meu plano de vida."
"E se isso der errado?"
"Aí eu coloco a culpa em você."
"Hahaha."

Babaca, ainda não entendi o motivo dos risos.

When I grow up.

E, independente do que você (ou qualquer pessoa) me diga, eu sempre vou guardar a convicção de que você só chega mais alto que eu porque em certos momentos tenho medo de altura.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Pop Nonsense.

Se você buscar "Marjorie" no Google ele vai sugerir "Persona non grata".

Dogs Die In Hot Cars.

Dia parado.
Dia de tédio.
Dia de absolutamente nada.

Acordei sem problemas, sem ter ninguém para culpar por absolutamente nada.

Acho os dias assim um porre. Um porre colossal.

Coleção de pseudo-textos totalmente destacáveis e aleatórios.

Comece sempre pela parte da frente, pelo começo. É mais fácil. Assim você arranca inteiro, sem deixar nenhum pedaço. Sem vestígios. Se restarem pequenos pedaços, cuidado, pois eles podem se espalhar. Atente ao fato de não podermos usar mais nada, a não ser as unhas. Temos de remover tudo isso, mesmo que esteja lá no fundo. Não arranhe a si mesmo.

-

Só iria acabar. Apenas duas pessoas de fato saberiam e apenas uma delas sentiria falta.
Por um prisma positivista, nenhuma delas. Mas, bem, não é isso o que você quer. Você quer ir
lá, acabar com ela e, quem sabe, cuidar muito bem dele. Eu te olho e sinto medo do que está
por vir. Mas ficarei junto. Torcerei pelo fim. Sem lembranças e arranhões. Sem essa porra de aprendizado moralista. Quem viveu sabe como é, e não me parece justo um bando de vadias falando porcarias em seus ouvidos.
Pare de escutar, pare de viver, pare de sentir. Só, por favor, não pare de pensar. Seria insuportável ter de te olhar nos olhos e não ver nada. Prefiro o brilho que o vazio. Apesar de tudo, você é a única que me faz feliz, e, eu te amo muito por isso.

-

Eu ainda não sei muito sobre você. Nos conhecemos a muitos anos, mas, pelo que vejo, você já não é mais a mesma.
Recordo-me facilmente do episódio do castelo. Eu olhava você brincando e seu sorriso brilhava. Agora, quando olho você, o sorriso já não está mais em sua boca. Seus olhos trazem pensamentos. Seus olhos são frios e profundos. Sabe, é disso que eu gosto. Apesar de tentar-los ofuscar com essas pesadas lentes, você não consegue. Eles trazem tristeza sim.
Mas é mais que isso. Trazem uma conexão para comigo que muitas vezes me faz estremecer. Queria saber mais de você, para entender tudo isso.
Gostaria de decifrar os seus mistérios. De entender o porque dos calafrios que você me causa. Eu realmente não entendo. Você realmente precisa de alguém? Quando eu te olho, sinto que você se basta. Sinto que falta espaço para você, e que jamais caberia outra pessoa aí dentro.
Não é engraçado? Eu estou tentando te conhecer.

-

Eu sei, eu sei!
Só por favor, cale essa sua maldita boca e me escute!
Você não para de pensar nele e fica tentando enganar a si mesmo, dizendo que não liga. Você liga sim!
Pare de mentir, pare! Eu já não aguento mais! Você é muito instável! Fica falando besteiras, coisas sem sentido.
Isso provoca efeitos colaterias em mim. Eu sinto por dois. Por mim e por você.

-

Mas, e quando essa bosta toda realmente findar?
Você acredita mesmo que vai ficar para trás?
Você sabe que não!
Você sabe que isso irá tirar seu sono, que você vai ficar fazendo perguntas a si mesma. Sabe que elas não irão ter resposta.
Não me pergunte sobre o que aconteceria. Eu realmente não sei. Talvez você esqueça, de fato. Mas, algo lá dentro insiste em dizer para mim que não.
Insiste em dizer que você vai sofrer e ficar se perguntando: “É só isso, esse é o fim?"

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Quarta feira.

Pior que Bush? Só Polk...

-

A Amazônia é nossa - disse o brasileiro.
E o americano.
E o alemão.
E o inglês.

A Amazônia é de ninguém, muito menos de vocês.

-

Do what you waht cause pirate is free. You are... Mary blood!

terça-feira, 13 de abril de 2010

Coffee and Tv.

Ou "Carta número 2".

"Eu nem te conheço. Digo, conheço teu avatar, que volta e meia pisca na tela do meu computador. Conheço esse teu humor meio sarcástico, teu jeito doce, culto. Conheço teus hábitos, teus vícios de escrita. Só não faz sentido conhecer o que eu sinto, essa vontade louca de simplesmente estar perto de você e te abraçar. Porque você tem o maior jeito de ser uma puta criatura abraçante, sabe? Na verdade, eu nem sei porque estou dizendo isso agora já que simplesmente não vai dar em... nada. Assim como todas as minhas quase-paixões, assim como acontece sempre.
Mas, acredite, se eu pudesse escolher por quem me enamorar, seria por você."

Amazing kids doing amazing shit.

Ou "Olha como a Roberts se apaixona fácil!"

"Então, já faz quanto tempo que nos conhecemos? Mais de um ano, de acordo com as minhas contas. Mas quero dizer que nos conhecemos de verdade. Eu acho que ainda não te conheço, embora guarde a certeza de que você pode me decifrar perfeitamente. É que eu tenho essa mania - que, na certa, te irrita, milhões de vezes - de ser totalmente aberta e explícita quanto ao que eu sinto. Não que você saiba exatamente o que eu sinto - ao menos nunca te contei - mas é que quando você me olha eu sinto que você sabe de tudo. Tudinho. Eu sinto que poderia te fazer qualquer pergunta. E na maioria das vezes eu faço. Eu faço mesmo já sabendo a resposta, mesmo sabendo que é uma pergunta idiota. É que eu gosto tanto do modo como seus olhos ficam pequenos quando você ri...
Eu gosto mesmo do jeito que você é - gosto até mesmo do modo como você me irrita - e ao mesmo tempo acho uma merda. Acho uma merda teus silêncios, o modo como você me deixa em dúvida.
Por favor, me diz alguma coisa. Me manda ir tomar no nariz, me diz algo que tenha cor, que tenha sentimento. Viver esperando o que nunca vai vir é difícil, sabe?
Me diz qualquer coisa, nem que seja tchau."

segunda-feira, 12 de abril de 2010

A lot of love, a lot of blood.

Pode ser que eu esteja errada - é bem provável que esteja - mas imagino que no dia em que eu realmente descobrir quem eu sou, o que eu quero e todas essas merdas, viver vai perder totalmente a graça. As vezes o que a gente precisa é só de uma pulguinha para se coçar.

Heart Problems*.

Anestesiar o que dói.

A cabeça,
o estômago,
o coração.

Colar o que foi quebrado.

O vaso,
a janela,
a ilusão.

Aquecer-se no frio.
Gelado só o coração.

*Ted Leo & The Pharmacists.

sábado, 10 de abril de 2010

Para tratar sua obsessiva compulsão pelos reis do ié-ié-ié.*

Acabara de acordar. Não fazia ideia do dia ou da hora, mas tudo lhe parecia incrivelmente igual. O céu estava cinza, e o único “Bom Dia” que ela escutou foi o vindo do velho rádio, que cuspia bonitas notas de uma canção dos Beatles - Good Day, Sunshine. Recebeu seu gato, Fritz, que possivelmente era seu único amigo não inventado, com um longo abraço. “Hoje o dia vai ser diferente, Fritz”, disse ela, mais para si mesma que para o gato. Estava cansada daquela rotina de dias intermináveis e noites frias. Era hora de mudar. A chaleira avisava que o chá estava pronto e uma gostosa réstia de sol invadia a sala. Uma nova música tocava, e esta descreveria seu humor. Here comes the sun.

*Faichecleres, Alice D.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

#

Passa depois que eu não ligo.
Não ligo desde que tudo seja perfeito
desde que meu coração não caiba no peito.

Passa depois que eu não ligo.
Desde que tudo faça sentido,
desde que possa te ter aqui comigo,
por toda nossa eternidade.

Passa mais tarde, mas vê se passa.
Faça todos esses anos terem um significado
Além de desgosto, espera, pecado.

Passa na hora que quiser,
mas venha sorrindo.
Venha triste,
mas ainda sentindo.
Quase morto,
mas ainda exibindo
os olhos que não cansam de brilhar.

Passa por mim,
ainda que nada seja assim.
Faz do jeito que quiser,
te aceito como vier.
Mas passa por mim.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Gotta have you.

Me disseram que eu só posso escolher um dos bonecos que estão na vitrine.
Acontece que eu quero o que está lá fora, no colo da menina.

Puta mundo injusto.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Untitle.

Não sou suicida.

Não sou suicida.

Não sou.

Puta desperdício de tempo ficar aqui.
Levanta e vai embora, vai.
Sai logo daqui, por favor.

Vai.
Cuida da tua vida.
Acerta teus problemas.

Acertar meus problemas. Caralho, não posso morrer sem acertar essas merdas.
Vou morrer para fugir e esses lixos vão me perseguir pela eternidade.

Droga.

Não vou me matar.

Não sou suicida.
Não sou.

Esse vento está tão gelado.
Merda.
Não consigo pensar com essa porra de vento bagunçando a merda do meu cabelo.

Acertei meu maior problema.
Fechei a porcaria da janela.
Grandes pessoas, grandes problemas.

(...)

Bosta, como é que isso funciona mesmo?
Para que serve isso?
É esse o tal do gatilho?

Droga.

domingo, 4 de abril de 2010

Silver Lining.

Quando ele tinha cinco anos abriu o portão e saiu correndo pela rua, gritando que não queria ser o irmão mais novo. Revoltado aquele menino.

Quando ele completou dez, fugiu de casa por uma tarde. Aí ele sentiu vontade de ir ao banheiro e voltou. Menino recatado, aquele. Não o tipo que abaixa as calças e se alivia em qualquer muro. Do tipo que tira os tênis (imaculadamente limpos) antes de entrar em casa e que se tranca no quarto para ler Shakespeare e assistir Truffaut. Tinha futuro aquele menino.

Quando ele tinha quinze ele se revoltou com o mundo. Não gostava de videogames, era um anarquista. Rock'n'Roll na cabeça e vazio no peito.

Deixou de ser menino. Completou seus vinte e poucos anos. Blé, nada melhorou. Tudo o que ele achou (sonhou) que aconteceria não aconteceu. Agora ele só fala em suicidio, de como irá disparar uma arma e explodir todos os seus miolos.

Inconformismo veio de fábrica.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Random #1


Tinha o humor ácido. Beijou a guria que era meio amarga. A vida era doce.

x

Sem tempo para desculpas. Ele disse: "Apenas vá. Vá logo."
Disse isso com a esperança de que ela insistiria para ficar. Mas ela virou as costas e foi. Nem se deu ao luxo de olhar para trás. Nunca mais a viu.

x

Estava na mesa. Sobre ela, um copo vazio.
Cheio de frio.

x

- Sonha comigo? - Disse a menina, já fechando os olhos.
- Sonho, é claro. Tudo o que você quiser...

Ele nem sequer dormia.

Alone Together.¹

Todos os dias, antes de dormir, ela rezava, pedindo para que tudo desse certo. Nada em especial, apenas... tudo. E antes de se deitar, ela virava o travesseiro, na esperança de que ao amanhecer encontrasse o seu próprio Maurice² lhe olhando. E ele nem precisava do cabelo ruivo, ou da bolsa mágica e da escada de soprar. Ele só precisava existir, ter um coração e gostar de flores, se possível. Só que ele nunca aparecia, o que já era de se esperar. Então, em todas as manhãs, ao olhar para todos os lados, ela soltava um longo suspiro, acompanhado de um "Está tudo bem".

Está tudo bem. Ela sempre dizia isso, mesmo não estando. E quase nunca estava. Não que ela passasse por grandes problemas, ou algo que o valha. Aliás, seu único e maior problema era ver seus sonhos serem despedaçados todos os dias. E não por alguém em especial. O que acontecia era que, ao abrir a porta, ela sentia que o mundo lá fora queria devorar tudo o que ela acreditava, sentia, esperava. E o mundo conseguia.

Quando falo "o mundo", não quero citar o Planeta Terra, como ser vivo. Não, não estamos em "A vingança de Gaia". O mundo, na verdade, trata-se do seu mundo. Aquelas pessoas, com quem cruza todos os dias, que conhecem o seu rosto, mesmo sem saber o seu nome. Que conhecem o movimento que os cabelos dela fazem, quando ela está apressada, mas que não sabem nada além disso. Apenas uma imagem superficial do que ela poderia ser. E essa ideia a encantava. Cada pessoa - cada merdinha de ser vivo dessa porra de universo - poderia ter uma interpretação diferente sobre ela, mesmo sem a conhecer. E ela também o fazia, a todo instante. Era uma mania quase que maníaca, de dar um nome, personalidade - de criar uma vida - para toda e qualquer criatura que cruzasse seu caminho. E isso, que era para ser uma distração, um passatempo, acabava deixando-a triste.

A vida de todo mundo era melhor que a dela.

¹Strokes.
²A Árvore dos Desejos, William Faulkner.

quarta-feira, 31 de março de 2010

Testando, testando, um, dois, três.


"Para acalmar a garota, para fazê-la me ouvir, eu conto a ela a história do meu peixe. Este é o peixe número seiscentos e quarenta e um de uma vida inteira de peixes dourados. Os meus pais me compraram o primeiro para me ensinar a amar e a cuidar de outra criaturazinha viva de Deus. Seiscentos e quarenta peixes depois, a única coisa que sei é que tudo que você ama morrerá. Quando você encontra aquela pessoa especial, pode contar que um dia ela vai estar morta e enterrada."

As vezes eu me sinto como Tender Branson. Só que sem a minha Fertility Hollis.

"Então esta foi a minha confissão.
Esta é a minha oração.
A minha história.
O meu encantamento.
Ouça-me. Veja-me.
Lembre-se de mim.
Otário amado. Messias remendado.
Futuro amante. Entregue a Deus."

You could be happy.*

Blé, eu sempre falo dele. Mesmo prometendo que não falaria mais, que pararia definitivamente, eu falo dele a toda hora.

Toda vez que eu lembro do Lu eu sorrio, choro e sinto frio. Frio. Não faz muito sentido, mas quando eu vejo ou lembro de algo muito chocante, algo muito triste, eu sinto frio. Um frio estranho nos braços, mas que não chega até as mãos. No pescoço, sei lá. Frio.

E quando eu choro não é só de saudade do que ele foi. É de pensar no que ele poderia ter sido.

*É, Snow Patrol.

Atualizando:

You are the best guy I could ever ask for
With you I'll experiance sides of life that will never leave me
It's just we've come to a time where our ways go apart
Maybe to meet up again probably not

Still I don't lie when I say I love you

terça-feira, 30 de março de 2010

Body Of The Years.

Rotina. O que antes me trazia paz e conforto agora me enerva demasiadamente. E ainda é cedo para isso. Estamos em Março. Essa dita cuja - rotina - anteriormente me deixava tremendamente confortável, saciando boa parte do meu desejo de ter controle de tudo, agora me bota depressiva.

Nunca me surpreendo, nunca mudo. É diferente, mas para mim é tudo igual. Sempre os mesmos dias, em uma sucessão interminável de horas, que já deixaram de fazer sentido à algum tempo. Cansei. E esses horários jacus que eu faço... Só me deixam ainda mais cansada e, consequentemente, estressada. Me deito às 23:00 hrs e acabo dormindo lá pelas 04:00 hrs. Às 06:30 já estou levantando, para mais um dia de tédio. E tudo continua sendo a mesma coisa. O mesmo caminho, as mesmas pessoas, os mesmos pensamentos, sendo usados e reciclados, de um modo quase exemplar (se estivéssemos falando de lixo). Não que eu esteja cansada da minha vida. Longe disso. Ela só é... Parada. Como se eu estivesse na Fita de Möbius, atravessando, atravessando, e sempre chegando ao mesmo lado. Começo à dar ouvidos a todas aquelas porcarias que um alguém (aliás, muitos alguéns) me cuspiram. Eu preciso viver.

Mas viver para que? Por que?
Eu queria acordar de manhã motivada, com uma razão, um objetivo. Nem que seja para ficar rica um dia, olhar o céu, usar meu tênis vermelho, sei lá. Um motivo. Abrir os olhos e saber que de certo modo eu tenho coisas que preciso fazer. Que preciso e quero. Coisas que eu preciso eu já tenho de montes. E não as faço. Não adianta. Nem vou começar com aquele papo de que tô estudando para caramba porque eu não 'tou. E eu não estou nem um pouquinho animada para as malditas provas que farei no fim do ano. Não sei se é isso que eu quero, se é esse. Só sei de todos os precisos, que ficam indo e vindo. Preciso decidir o curso, preciso passar. Preciso orgulhar a galera, preciso ser alguém na vida.

Alguém.
Como se agora eu não fosse ninguém, não fosse nada.

Eu estou aqui, andando, comendo e respirando. Eu devo ser alguém. Mesmo que (no momento) eu não sirva para porcaria nenhuma, eu sou alguém.

Um dia, Chuck Palahniuk disse que nós não somos eternos, mas que devemos criar algo que será.
Para ele é fácil dizer. O cara é fodidamente genial, bicha bem resolvida, que escreve tudo o que eu preciso saber. Mas agora me pergunta se alguém quer saber qual é o meu livro preferido escrito por ele, qual o personagem que eu mais gosto. Querem nada. Só o que importa são milhões de fórmulas rabiscadas, cheias de letras gregas e números.

Aí vem alguém e me diz que eu tenho que fazer o que eu amo. Agora lhe pergunto se o que eu amo vai me sustentar, se vai me dar um teto, comida, roupa lavada e banda larga. Não vai. Essas pessoinhas aí só fazem o que não gostam, para conseguirem bancar o que gostam. E eu estou me tornando uma dessas pessoinhas. Se é que já não me tornei. Eu sou a pessoinha tal, que foi cuidadosamente podada, desde o nascimento. Aprendi que não se pode mastigar de boca aberta, que é feio falar o que a gente pensa, que se tem que dizer "Obrigado" quando alguém faz algo por você.

Obrigado.

Você já pensou nessa palavra? A pessoa te faz um favor e você responde com "Obrigado". Poxa, é favor ou obrigação?

Enfim, pulando deste devaneio para o anterior, venho sendo podada. Sou uma pessoa cheia de vergonhas e de nãos, que digo para mim mesma, a todo instante. Preocupações infrutíferas e sem sentido, que só servem para fazer eu pensar no que não devo fazer, ao invés do que quero.

E agora que eu já cresci não posso ser imprudente e lançar a bandeira do Foda-se (Palavra que não deve nem ser dita por uma moça respeitável, a qual deveria ser). Eu tenho mais é que aceitar o que os outros me dizem. Tenho que concordar com cada palavra, cada ponto final. E eu concordo.

Sabe, tem tanta coisa que eu queria fazer, que eu queria dizer... Cada merdinha que eu queria expressar e sentir...

Eu queria descobrir quem sou eu. Pode parecer clichê, mas eu não sei. De verdade.

Digo, já não sei do que gosto, já não sei o que quero.
Só sei o que odeio. E é uma lista bem grande.

Eu não sei se quero resolver meus problemas, se é que eles existem. Eu só queria fechar os olhos de noite e acordar de manhã pensando no que vou mudar. Mudar de acordo com a minha vontade.

Enquanto isso, deixe-me ir. Já estou atrasada, para qualquer coisa desimportante o bastante a ponto de me fazer levantar.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Da sabedoria que as ruas tem.

Em mais um dia igual à todos os outros, me pego em frente à um muro rabiscado, com a seguinte frase:


"O que você quer da vida, menina? Aproveita, você 'tá na merda."


Diante de tão grande sabedoria, tudo o que posso responder, ainda que timidamente e com um pouco de medo da verdade é "Então 'tá."

sexta-feira, 26 de março de 2010

Mais um do tio Chuck.

"Agora você vai me contar a sua história como acabou de fazer. Escreva tudo. Conte a história um monte de vezes. Conte a porra da sua história durante toda a noite... Quando você compreender que o que está me contando é apenas uma história... não está mais acontecendo... quando você perceber que a história que está me contando não passa de palavrório...quando puder simplesmente amassar tudo e jogar seu passado na lata do lixo, então poderemos descobrir o que você vai ser."

Baraclava.

Lembrar, sentir dor.
Esquecer, sentir dor.
Dormir, sentir dor.

E essa dor não é bonita, relacionada à sonhos destroçados, corações feridos ou algo tão poético quanto. É só o combo Sinusite + Cólica + Dia cinza atacando novamente.

Dor é boa, quando serve para te fazer lembrar que você ainda está vivo.

Lembrar, esquecer, dormir, lutar...
Sentir um comichão entre as estranhas e aí sorrir.



(Mais uma da série: O tipo de postagem que só faz sentido para mim).

quinta-feira, 25 de março de 2010

x

- Cara, porque essa guria tá agindo igual a uma maluca?
- Ah, ela faz assim mesmo. É a fã gostosinha que depois dá para todo mundo da banda.
- 'tendi.
(...)
- Meu Deus, que diabos ela está fazendo agora?
- Ah, você sabe... Treinando.

Sobre (pseudo) sentimentos.

Bem sei que "Eu te amo" não é bom dia, boa noite, ou qualquer outra coisa assim. O que acontece é que quando eu amo alguém (ou algo, na grande maioria das vezes) eu não me canso de salientar, porque nunca parece que eu já disse o suficiente.

Maionese, eu te amo.
Tênis vermelho, eu te amo.
Chá de pêssego, EU AMO VOCÊ.

Qualquer coisa.

Qualquer coisa sobre eu estar de TPM.
Qualquer coisa sobre eu me estressar por qualquer coisa.
Qualquer coisa sobre gente que nem me conhece.
Qualquer coisa sobre gente que nem me conhece e cria expectativas sobre mim.
Qualquer coisa sobre gente que nem me conhece, cria expectativas sobre mim e tenta me mudar.
Qualquer coisa sobre gente que nem me conhece, cria expectativas sobre mim, tenta me mudar e diz que esperava mais.
Qualquer coisa sobre gente que nem me conhece, cria expectativas sobre mim, tenta me mudar, diz que esperava mais e nem nota que se aproximou de mim voluntariamente, sem um pingo de estímulo ou incentivo da minha parte, e que já chegou totalmente cheio de pré-conceitos e opiniões sobre mim, achando que poderia ler todas as entrelinhas (inexistentes), achando que me conhecia e que poderia me mudar.

Se eu te chamo de merda é porque eu te acho uma bosta mesmo, não porque estou reprimindo algo.

Xingo se não gostar e elogio se gostar. Uso palavrão como ponto final e sorrio para mendigos na rua. E isso não tem nada a ver com educação (ou falta dela), classe e sofisticação. Isso, campeão, tem a ver com PERSONALIDADE.

Mas, como diz o Entei, "tá tudo bem agora".

terça-feira, 23 de março de 2010

- Vem cá, pequena. Senta aqui e bebe com a gente.

- Não precisa ter medo não, ninguém vai te fazer mal.

- A gente só quer conversar, trocar uma ideia. Sair deste limbo de rotina.

- Senta aqui, vem.

- Eu pago para você.

- Pequena?

segunda-feira, 22 de março de 2010

- Eu te acho muito injusto.
- Injusto? Uai...
- É, um puta d'um injusto mesmo. Sádico dos infernos.
- Que diabos eu te fiz?
- Nasceu, falou comigo, sei lá! Você sempre me deixa assim... Perto de você eu me sinto frágil, desprotegida, tola... Você é meu ponto fraco, minha criptonita, ou seja lá como você queira chamar.
- (...)
- E sabe do que mais? Perto de você tudo fica desimportante, como se não passasse de um plano de fundo. Quando eu olho para você eu fico tanto tempo sem piscar que meus olhos até ardem.
- (...)
- Poxa, vai ficar aí me olhando com essa cara de retardado? Não vai dizer nada?
- É que comigo também é assim.
- Mas você nem sequer me conhece!
- Conheço... É evidente que conheço!
- É mesmo? D'onde? Será que posso saber?
- Dos meus sonhos...

domingo, 21 de março de 2010

Pop Punk Is So 05'!

'Cause who you are, what you say
You're just a boy who's afraid of the dark
What you've got means shit to me
I'm not impressed by the dress
And the sex that you bought

quinta-feira, 18 de março de 2010

Dirty pretty (and happy, fantastic, amazing...) thing.

É engraçado o modo como as coisas acontecem.
Hoje, ao acordar, eu me senti flutuando. Não por algo que aconteceu ou algo que iria acontecer. Estava feliz simplesmente por acordar. Por respirar. Por sorrir.

A sensação de simplesmente sair e de ir para o colégio foi indescritível. Tudo brilhava, eu tinha o mundo inteirinho na palma da minha mão. Sair escutando música, desejar "Bom Dia" a moradores de rua. Ganhar o dia pelo sorriso que eles lhe dão. O mundo é tão simples, tão singelo, tão... bonito!

O vento brinca com meus cabelos, o reflexo produzido pelo sol os deixa laranja. Olhar o céu.
Cantar.
Falar.

Eu quero mais dias como este. Eu quero que todos eles sejam assim. Para todos.

Vendem-se coleções de dias felizes, sorrisos sem sentido e boa música. O Preço é um abraço. Tratar aqui.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Tenho onze anos. Novamente.


1. Quem foi a última pessoa com quem você saiu?
Eu nunca saio. NUNCA.

2. Você acha que você é “aproximável”?
Definitivamente não.

3. Como você se sente sobre a última pessoa que beijou?
Tanto faz, sabe?

4. Arrepende-se de algo que fez na última semana?
Nopes.

5. Você é festeira?
Eu e meus bonecos de lego festejamos 'pra caramba.

7. O que você pensa quando ouve a palavra “vadia”?
Música d'Os Azuis?

8. Você tem a mente poluída?
Mais do que gostaria.

9. Você trabalharia como striper se fosse o único emprego disponível para você?
Que porra de pergunta é essa? É claro



Que não.

10. Você tem sido pressionada para fazer alguma coisa recentemente?
V-E-S-T-I-B-U-L-A-R.

11. Quem é a pessoa mais gostosa que você conhece até agora?
Patrick Wilson, vale?

13. Você se comportou na noite passada?
Claro.

14. Gosta do seu nome?
Não!

15. Tem alguém que você tá interessado[a] nesse momento?
Puta que pariu, como é que eu vou saber? Provavelmente não. Ninguém me conta essas coisas...

16. De quem é o quinto e-mail na sua caixa de entrada? Sobre o que ele trata?
Do Azim, me perguntando o DDI do Brasil.

17. Qual seu número favorito?
23.

18. Você tem um Orkut?
Não, e nem pretendo.

19. Você odeia alguém?
Sim.

20. Você é uma boa soletradora?
Demais.
D
E
M
A
I
S

21. Qual o trecho de uma música que você gosta?
"Fuck you, fuck yo very, very, much."
Brinks.

22. Qual seu pior hábito?
Eu falo muito palavrão.
Palavrão 'pra caralho.

23. Música que você tá ouvindo agora?
Friday Night.

24. Você daria seu número de telefone na internet?
Haha, leu a do email? Dou telefone, DDD e DDI!

25. Você ainda fala com a ultima pessoa que namorou?
Ainda não falo com espíritos, rer.

26. Você ama alguém?
Eu mesma, conta?

27. Você ja perdeu alguém que amou?
Sim.

28. O que você faria se soubesse que seu/sua ex esta noivo hoje?
"Poxa, nem sabia que casamento gay foi regulamentado!"

29. Você ja traiu seu/sua namorado[a] com um cara/garota muito gostosa[o]?
Não, né. O manolo nem era gostoso.




Brinks, era sim.




Brinks, haha.

30. Você prefere sentir dor ou ser anestesiado?
Dor.

31. Última pessoa que você passou a noite?
Elliot.




O alce.

32. Você gosta de competir?
De ganhar.

33. Você ficaria com alguém só porque não quer machucar o coração dessa pessoa?
Não, que se foda. Sou sádica mesmo, abs.

34. Você ja ficou com alguém apenas para ter privilégio?
Não.

35. Você odeia ficar sozinho?
Nunca estou sozinha, sempre estou comigo mesma.

36. Alguém já quebrou teu coração?
Nem tenho coração.

37. Você ainda ama essa pessoa com todos os pedacinhos do seu coração?
Não amo ninguém.

38. Quem foi a última pessoa que te mandou uma mensagem no celular?
O Pawel, falando sobre o cheiro do hospital. Haha.

39. A última vez que você nadou numa piscina?
Fazem muitos anos já...

[Momento caderno de confidência patrocinado pela minha irmã mais nova]

terça-feira, 16 de março de 2010

Sentimental Heart.*

Um mundo inteiro não é nada, tá bom? Nada.


*She & Him.

Tell That Mick He Just Made My List Of Things To Do Today.

Acenda um cigarro, como recompensa, por ter feito eu desistir de mim mesma. Mais um, pois eu poderia ter te matado mais cedo que qualquer expectativa e não o fiz.

domingo, 14 de março de 2010

Untitle.

Eu sou o tipo de guria que confessa em todos os domingos os mesmos pecados.

sábado, 13 de março de 2010

Le long du largue.



Passo a noite olhando fixamente para o teto, que se coloca sobre a minha cama. Eu não consigo dormir com todos esses segredos que possuímos. Coisas que sabemos - e que não deveríamos - e que não sabemos, que ficam "subentendidas" nessa nossa mania de fazer as coisas de um modo recatado demais, resguardado demais. E todos esses nossos mistérios, desde os sorrisos aos olhos entreabertos, nossas dúvidas entre ir e ficar. Eu sei o que é olhar o espelho pregado na parede e enxergar um reflexo borrado, pelas lágrimas chatas e insistentes que insistem em brotar. Salve-me de mim mesma, antes que tenha que começar a lidar com mais alguém.

E toda essa distância me tortura, para valer.

sexta-feira, 12 de março de 2010

Shape Of My Heart.*

Um ótimo fim de semana, para todos aqueles que terão um.

Pois eu estarei no colégio, sentadinha, estudando. (Ou jogando Uno e Magic).

Oh quando eu olho pro formato do meu coração, é separado apenas por cicatrizes, que cortam e recortam e me deixam sem um coração que funciona no fim.

E quando eu olho pro formato do céu, eu dou graças por este meu peito oco do meu, que eu não sinto mais o grande peso das provas que podem fazer esta vida tão cruel.

E se há algum amor em mim não o deixe que se mostre.
E se há algum amor em mim não o deixe que cresça.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Houston, we have a problem.

Uma fração de segundo e os elementos se formaram, os bípedes ficaram eretos e os dinossauros conheceram seu destino.

Em três semanas tudo o que eu fiz se resume à nada.
Eu só amava o modo como seus olhos refletiam o céu.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Do you believe in rapture?

Prometo a mim mesma não mais falar dos meus momentos tristes e do Luis.

Stand behind his drunken amp
Stand behind his light of love
Hear him yowl his bloody tounge
Hear him yell 4 blood and war
Do you believe in his sweet sensation
Do you believe in second chance
Do you believe in rapture babe
A terrible hit strikes today
A terrible hit for the parade
Burnin' eyes seek jesus comin
Jesus comes to pave the way
Do you believe in his sweet sensation
Do you believe in second chance
Do you believe in rapture babe
Can you tell me what to feel
Open up yr tender soul
Can I drink your drunken mercy
Wine burns the devils hole
Do you believe in his sweet sensation
Do you believe in second chance
Do you believe in rapture babe

terça-feira, 9 de março de 2010

Two atoms in a molecule.*

Ela estava ali, sentada no meio fio, em frente à uma parede colorida por rabiscos ilegíveis, talvez hieróglifos de uma época moderna. Na sua frente milhões de quilômetros de paralelepípedos.
Em seu colo estava um livro - Paulo Leminski, o seu queridinho da semana.
De dentro da casa sai alguém, que ela não conseguiu identificar. Ele veio falar com ela:
- Oi.
- Olá.
- Está esperando alguém?
- Esperando as horas passarem...
- (...)
- Que horas são?
- Três, eu acho... Esse relógio nunca está totalmente certo...
- Horas de menos para eu poder fazer qualquer coisa que eu realmente queira.

*Sorrisos*
(...)

- Como é o seu nome, afinal?
- Nem sequer tenho um.
- *Perplexo* Um apelido então, alguma identificação?
- Me chame do que quiser...
- Ok... A senhorita aceitaria ao menos tomar algo comigo? Um café, quem sabe...
- Não posso...
- Me prometa que estará aqui quando eu voltar... Precisamos conversar mais.
- *Sorrindo* Prometo.
- Então até mais ver!
- Até...

Ela não estava ali esperando as horas coisa nenhuma. Estava era esperando o namorado.
E brincando de iludir.

-

Ps¹: Me pergunto porque diabos moro justo no ponto mais alto da ladeira mais alta de Curitiba.
Ps²: Desculpem-me pela qualidade do texto, ando muito alheia à (quase) tudo.


-

*Título nerd porque ando estudando pra caralho.

domingo, 7 de março de 2010

quarta-feira, 3 de março de 2010

You could be happy.*

Você poderia estar feliz e eu não saberei
Mas você não estava feliz no dia em que te vi partir
E todas as coisas que queria não ter dito
São tocadas repetidamente até tornarem-se loucura na minha cabeça

É muito tarde para te lembrar de como nós éramos?
Mas não os nossos últimos dias de silêncio, gritos, borrões
A maior parte do que eu lembro me faz certo de que
Eu deveria ter impedido você de sair pela porta

Você poderia estar feliz, eu espero que esteja
Você me fez mais feliz do que jamais fui
E de alguma maneira tudo o que eu tenho cheira a você
E pelo mais curto momento, tudo não é verdade.

Faça as coisas que você sempre quis
Sem eu lá para te impedir, não pense, apenas faça
Mais do que qualquer coisa eu quero ver você ir
Tirar uma gloriosa mordida do mundo inteiro...

*Snow Patrol

terça-feira, 2 de março de 2010

Quote.

"- Alicia, nós vamos fazer um compromisso bem sério. Eu preciso de algum tipo de prova. Alguma informação verificável.
- Desculpe-me, você me pegou... Como saber se uma garota está apaixonada... Uma prova... Informação verificável... Ok... Bem, quão grande é o Universo?
- lnfinito.
- Como você sabe?
- Eu sei porque todas as informções indicam a mesma coisa.
- Mas isso não foi provado ainda.
- Não.
- Você nunca o viu.
- Não.
- Como você o sabe com certeza?
- Eu não o sei. Apenas acredito nisso.
- É o mesmo com o amor, acho."

segunda-feira, 1 de março de 2010

Sobre eventos metafísicos.

Você poderia me aparecer do nada,
roubar meu tempo,
fazer-me acreditar em acasos
e em espaço.

-

Adoro metafísica.

Nanana.

Era um lugar lindo, lindo mesmo. Haviam campos de trigo e florestas por todo lado. Minha casa não tinha muros nem nada, e os fundos dela davam para uma floresta lindona. E no fundo da floresta tinha um lago, ou algo que o valha. E tinha uma sebe, e o interior da minha casa era todo de madeira escura, e eu tinha cortinas feitas de linho e uma glicínia na frente da janela do meu quarto.

- Vou fugir.
...
- 'tou fugindo.

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Random.

#1
Eu penso que não devemos nos afastar de pessoas que acrescentam algo na nossa vida, por mais difícil que seja. Imagino que aprender tem muito a ver com quebrar a cara, sabe?

Nos últimos dias eu aprendi um bocado.

#2
Me perco em um mar de palavras que só fazem sentido para mim. Hey, cadê meu bote?

#3 (ou minha lista de pequenos prazeres)
- Cheiro de biblioteca
- Café quentinho e pão de queijo
- Rua XV no final das tardes de domingo
- Ipês amarelos no vento
- Descascar esmalte
- Frio e sol
- Fins de tardes ociosas e alaranjadas

#4 (ou diálogos inventados)
- Não me deixe, não sei ser sozinha.
- Jamais te deixarei.
- Me abraça?
(...)
- Já é tarde, preciso ir.
- Você disse que não iria...
- Vai ser breve.

E ele foi, para nunca mais voltar.

#5
"(...) quando há dez mil outras no mundo que você amaria mais se conhecesse"¹

#6

Dear Prudence open up your eyes
Dear Prudence see the sunny skies
The wind is low the birds will sing
that you are part of everything
Dear Prudence won't you open up your eyes?
¹Charles Bukowski

Marjorie vai dizer:

Raramente tenho a oportunidade de falar com você, acho até que talvez o Universo queira que esta seja a nossa forma ideal de expressão. Veja bem, não estou aqui exercendo o meu direito de pedir algum tipo de explicação ou manifestação da sua parte, até porque isso eu já não espero mais.

Minha aproximação foi voluntária e não contou com 0,1% do seu auxílio ou esforço, ou seja, você estava no seu canto “minding your own business” quando do nada eu apareci com uma quantidade quase insuportável de informação.

Apareço quando sou 90% ignorada e desapareço quando sou 100%., acho que eu nunca tive tanta cara-de-pau na vida. Sinto que nada parece te impressionar muito.

Tudo que eu mais queria agora era escutar: EU TE AMO, mas também poderia ser VAI TOMAR NO CU E SOME DA MINHA VIDA, alguma coisa que tivesse vida, alguma coisa que tivesse gosto, alguma coisa que tivesse cheiro mesmo que fosse de sola de sapato, alguma coisa que tivesse cor, que tivesse raiva, que tivesse medo, sei lá… alguma coisa. Há alguns meses converso com alguém que vegeta no meu pensamento ativo e ativa o meu mais profundo sentimento de estática.

WHAT THE FUCK IS THIS ANYWAY.


O que passa na sua cabeça?
E de joelhos eu te suplico: Pelo amor de Deus, me manda pra puta que pariu!!!!

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Berceuse.

A maldita música que lembra tudo (e nada) ao mesmo tempo e que não sai do Repeat. As lembraças e ilusões mal e porcamente ajeitadas de um modo pouco linear e bastante ilusório. Os dedos correndo pelo teclado, formando palavras erradas e tortas, sem nexo e geladas. Mas cheias de coisas que deveriam ter sido ditas e que não foram.

Sofrimento meio que arranjado pela falta de outra coisa melhor. Vontades enormes, falta de bolsa amarela e alfinete. Citações aleatórias (e de certo modo vergonhosas) de Lygia Bojunga e de Faulkner. Lágrimas sem sentido embaçando os óculos, olhos que não param de arder.

Fotos pequeninas que despertam os mais diversos sentimentos.

Medo.
Vergonha.
Receio.
Nada.
Tudo.
Vontade.

SONO.

E um foda-se bem grande para você, que me fez sorrir e chorar E NEM SOUBE.