quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Só o que eu quero.

Eu quero acordar cedinho, com o despertador tocando So Sick, na voz do Patrick Stumph. Eu quero dar bom dia para ele, mesmo sabendo que ele não vai escutar. Quero sair na rua, e não ligar para o barro que suja meus sapatos. Quero assistir às aulas, e realmente aprender. Quero que meus amigos sempre estejam perto de mim. Quero rir das palhaçadas, quero aprender com eles. Não quero alguém que me idolatre, mas que me aceite. Não preciso de flores, preciso de bilhetinhos rabiscados no verso de folhas de jornais. Quero uma foto de nós dois sorrindo. Quero sair nos sábados, bancar de Stroker. Quero ir para o Largo da Ordem no domingo, passear na feira e comer pastel. Quero ler, quero uma coletânea de músicas que digam o que eu sinto. Quero cantar na chuva, ir sorrindo no ônibus lotado. Quero mais que tudo, um melhor amigo. Quero apresentar para os meus pais. Não quero que você diga que acha meus olhos lindos. Mas que demonstre de algum modo, que você gosta de olhar para eles.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Re-utilização de textos.

Ela era do tipo que odeia flores, ele era do tipo que não quer amar. Talvez, fosse isso que tornava aquela relação frágil, porém interessante e sem rotina. Depois de pouco tempo, ela já não suportava o narcisismo dele, e ele gostaria de nunca ter falado com alguém com tanta auto-aversão.
Ele era o único idiota que por ela se apaixonou; e com todo seu sadismo ela o humilhou.
Tempos depois, voltaram a se encontrar. Ela nunca havia reparado nos grandes olhos que ele possuía. Ele nunca havia persebido como aquele cabelo curto e aquela nuca à mostra o seduzia."Querido, senti sua falta.", disse ela, se entregando."Meu amor, já não posso mais viver assim", remendou ele."Talvez, se nós nos permitirmos, poderíamos voltar a nos amar." "Impossível!"-brandou o guri."Jamais deixei de lhe amar." Apesar de soar agressivo, isso era tudo o que ela precisava ouvir. "Meu amor, eu sei que continuo sendo uma criança, mesmo estando mais fria. Eu posso parecer ser um robô, mas eu ainda tenho sentimentos. Talvez se nós ..."Ela estava receosa, e ao mesmo tempo demonstrava certeza na voz. "Eu aceito. Aceito qualquer coisa. Eu preciso de você."
Ela continuava se enojando com poesias de amor e ele continuava contra qualquer tipo de amor moderno.
Eles se completavam. Ela era o seu lado B, e ele era seu Rock'n'Roll.