sábado, 27 de dezembro de 2008

Letra sem melodia

Existem coisas que eu ainda não entendo, e coisas que eu nunca vou entender.

Como o porque de acordar pensando em quem não conheço, ou de dormir fazendo planos com quem não me quer.

Falar de você no pretérito não pode doer mais do que te incluir no meu futuro.

Como acabar antes de começar, como cair antes de lutar.

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Naquela mesa ele juntava a gente, e dizia contente o que fez de manhã. Naquela mesa está faltando ele, e a saudade dele está doendo em mim.

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

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Eu não lhe culpo, por você ser você. Mas você não pode me culpar por odiar isso.

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Eu inventei qualquer mentira, só para te deixar ouvindo. Você precisa dela. Eu poderia ser ela. Eu poderia ser um acidante, mas ainda estou tentando. Isso é mais do que você poderia dizer a ela.

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Então, diga. O que você está esperando ? Tive de adiantar meu relógio, pois sempre estou atrasada.

Untitle

Ela nunca saberá o que eu sei. Que você era a melhor coisa do Norte do país.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

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Ela não sentia vontade alguma de sair da cama. Ela queria sumir, simplesmente. Olhou para o lado, e começou a lembrar do dia anterior. As lembranças deixaram a angústia mais presente. Vontade de nada. Estava tudo errado. Aquela agunia de quem não quer pensar em nada. Ela não queria mais viver para nada. Trancou-se no banheiro. Olhou, exitante, para a gilete, já enferrujada. Não daria trabalho à ninguém. Buscou uma pilha de toalhas velhas, e às colocou ao lado da banheira, que era enxida de água. Seu fim não seria brilhante. Seria digno de sua vida. Com a banheira, já cheia, pegou a gilete, e entrou. Não sentiu dor. Não se arrependeu. Ela era nada. Voltou para o nada. Morreu.