sábado, 13 de março de 2010

Le long du largue.



Passo a noite olhando fixamente para o teto, que se coloca sobre a minha cama. Eu não consigo dormir com todos esses segredos que possuímos. Coisas que sabemos - e que não deveríamos - e que não sabemos, que ficam "subentendidas" nessa nossa mania de fazer as coisas de um modo recatado demais, resguardado demais. E todos esses nossos mistérios, desde os sorrisos aos olhos entreabertos, nossas dúvidas entre ir e ficar. Eu sei o que é olhar o espelho pregado na parede e enxergar um reflexo borrado, pelas lágrimas chatas e insistentes que insistem em brotar. Salve-me de mim mesma, antes que tenha que começar a lidar com mais alguém.

E toda essa distância me tortura, para valer.

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