quarta-feira, 18 de julho de 2012

~

Vontade de escutar Arcade Fire
e me arrepender
do que você fez da minha vida.

Vontade de escutar o Neon Bible
e me arrepender
de você.

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Don't give up this fight

She's the kind of girl who looks like she had it all.

Then everything started to fall.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Essa coisa.

Essa coisa de alma gêmea.
Eu sei que ela existe pois tem gente que, quando se abraça, faz parecer que os corpos atrapalham.

('tou aqui fazendo figas para notar ao te encontrar, querida alma gêmea!)

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Fala-falange.

Fala em espanhol comigo.
Fala comigo em alemão.
Me diz algo em inglês,
eu entendo uma ou outra palavra em polonês,
francês.
Eu sei termos em grego e latim.

Fala comigo, fala.
Fala.

Fala, e deixa.
Deixa suas falanges,
as proximais e as distais,
teus metacarpos,
teu corpo,
coladinho ao meu.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Atropelou-se.

Foi atropelada pelo lado contrário d'uma rua de mão só.

Apaixonou-se.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Sinais de fumaça.

Só fuma quando está nervosa.

Atualmente fuma três maços por dia.
Tempos difíceis.

Anatomia Humana Sistêmica. Ou sistemática.

A professora doutora de anatomia fala.
Fala, fala e não para.
(Em momento algum, mesmo sem voz).

E aí ela diz que ao caminhar, o primeiro e o último passos são voluntários de controle consciente, mas os outros não. Os outros são de controle neural inconsciente. Os músculos se contraem, mesmo que não notemos.

Ela continua a falar.
Fala, fala e não para.

E eu só fico a pensar que deve ser mais ou menos a mesma coisa com o amor.

Meu coração, que é totalmente inconsciente, bate involuntário.

terça-feira, 10 de abril de 2012

Cheiro.

Cheira.
Sustenta seu vício.
Cheira, funga, respira.
O cheiro do casaco dele.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Ela era mocinha estranha, que queria ter uma filha chamada Layla porque gostava da música do Clapton. Ela dizia à todos que conhecia o mundo, mas nunca passou de Greenwich.

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Lá parece longe, para mim.

Vou viver em uma música do Cohen e da Marcela.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Notinha

(As vezes eu quero mais é largar a minha "carreira promissora", a faculdade e as expectativas que largam nas minhas costas mesmo sabendo que eu sou fracotinha e sedentária.

As vezes eu queria trabalhar em um sebo, voltar a só vestir camisetas de banda e moletom e ficar lendo histórias em quadrinho o dia inteiro. E todas as tardes eu sairia para tomar café e você passaria rapidinho, só para me dar um beijinho, matar as saudades e aí você voltaria para a sua vida fantástica, cheia de realizações de sonhos.

Nos fins de semana a gente poderia sentar, só para conversar, na escada de qualquer lugar. A gente poderia ter um apartamento com as paredes forradas de pôsteres, ali, perto da biblioteca pública. E a gente poderia estar sempre perto um do outro. E sorrindo.)

Arruma as malas, fugimos hoje.

Calorzinho

Vontade de verão constante.
Vontade constante de verão.

sábado, 17 de setembro de 2011

Descendents

When you're just a silly boy like me, you're always so scared
I was too scared to love you, even though I really cared


Costumava achar que essa música poderia simbolizar nossa relação. Well, then, my silly boy turn into a stupid bummer.

But I turned back the covers,
And saw your sheets are dirty.
You know you'll never come clean,
You know it's true.
Those sheets are dirty,
And so are you.

Fuck it! I'm on my way to Catalina!

domingo, 28 de agosto de 2011

Virtual Life

Facebook: "No que você está pensando agora?" Na forte ânsia de vômito que resolveu se abater sobre mim. Nunca tinha sentido isso antes. Essa vem com a dor mais forte que eu já senti. Mas não no estômago. Acho que está mais p'r'o coração.
Twitter: "What’s happening?" Lágrimas salgadinhas transbordando.
Chromium: "Busca mais recente" Autoestima.

Ao babaca que quebrou meu coração, destruiu qualquer rastro de confiança e auto-estima que eu costumava ter, Cheers!

Down by the water!

~

Foi só piscar o olho, e eu me apaixonei, enfim. No meio da fumaça, ele também gostou de mim. O tempo foi passando, o nosso amor saiu do chão e eu fiquei tão grande e mastiguei meu coração.

No meio da euforia aquele alguém (não) me protegia. E não foi por acaso que o encanto se quebrou. O tempo foi gastando o que não era pra durar, como se eu soubesse que não era amor pra todo dia.

Dessa vez eu tive medo, mas mesmo assim eu disse "sim". Percebi o percevejo e deixei cravado em mim.

Só eu sei que foi melhor assim... Ás vezes é mais saudável chegar ao "fim".