sábado, 15 de junho de 2013

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Você me pergunta do que eu tenho medo e eu minto, dizendo não saber.
A vergonha me faz reprimir todos aqueles sentimentos, que sequer fazem sentido para mim, quem dirá para alguém como você.

Lá no fundo dói te ouvir dizer que eu não devo me importar,
mas a cada passo seu, eu juro, meu bem, parece que você vai me abandonar.

Não é como se eu não pudesse viver sem você, eu obviamente posso, por décadas já vivi.
Mas me sinto mais eu quando eu sou mais sua quando você me morde os joelhos e me faz morrer de rir.

Eu sinto muito medo de que você note que eu não passo de uma boba, chula, sem noção.
De que você olhe nos meus olhos, perceba o vazio deles e note que talvez eu não mereça espaço no seu coração.

Eu juro, meu amor, não é por mal quando faço assim.
Mas, por mais que eu procure, eu não consigo concordar em nenhuma decisão feita por mim.

Eu queria poder fugir, sumir, me esconder.
Mas quando eu penso em enfrentar todo esse mundo sem você, amor, eu juro, é de doer.

Todas as minhas cicatrizes que insistem em não sumir formaram uma constelação.
E tão cheio de cortes e recortes também se encontra, meu bem, o meu coração.

Não me sinto tão boa quanto ninguém.
Queria ser qualquer outro alguém.

Me desculpa, bonitinho, por te dizer algo tão triste assim.
No fundo essas palavras são só reflexo do que me arranha, me machuca e mora dentro de mim.

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