terça-feira, 12 de março de 2013

Mais sobre a problemática de ser insegura.

(Ou: namorados não vão entender, e acima de tudo, você não vai entender, como diziam os Strokes.)

E tem dias em que você simplesmente acorda mal. Acorda chateada, insegura e chorona. Seu cabelo se recusa a se ajeitar, seus óculos escorregam em uma taxa maior que o normal e alguém te olha torto na rua, o que só pode significar que não é um dos seus melhores dias. As vezes existe uma razão própria e racional para todos esses sentimentos conflitantes em movimento de entropia, as vezes não. E você se fecha, fica em silêncio e mata pessoas mentalmente enquanto torce para elas tropeçarem na chuva.

E, por mais que você se julgue matura, em determinado momento você vai surtar por algum motivo não razoável e vai se arrepender amargamente depois. E aquilo vai parecer não fazer sentido e, ao mesmo tempo, vai parecer ter total senso. Porque você não sabe como é a única a ver uma falha tão épica, mas ao mesmo tempo você tem medo de estar sendo dura demais. E você não vai saber o que fazer.

É bem provável que a culpa seja sua, e você queria que as pessoas pudessem ver tudo aquilo pela sua ótica. Mas as pessoas não vão entender.

Last night, she said:
"Oh, baby, don't feel so down.
Oh, it turns me off,
When I feel left out"

O ponto agora é que aquela sensação de soco no estômago voltou. E você não dorme nem pensa direito e tudo parece só um borrão. Você nota que se tornou o que não queria ser e que está se assemelhando cada vez mais com o Kim Jong-Un (não tanto pela altura, mais pelo autoritarismo mesmo). E quando alguém te pergunta o que você queria, você não sabe responder. Você pensa que não queria ter tido aquela briga e pensa que, na verdade, isso não é tão mal assim.

Você se arrepende, você chora e você fica perdida. E continua carregando uma carga cada vez maior de medos enquanto caminha em círculos.

E você não para, até que esteja morta.

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