(Ou pequena lista de justificativas para felicidade sem motivo aparente).
- Calor ao final da tarde,
- Queimar a ponta do nariz com o vapor do chá,
- Cheiro de amendoim,
- Velhinhos adoráveis,
- Músicas docinhas,
- Poder chorar sem restrições,
- Tirar casquinhas de machucados,
- Unhas curtinhas,
- Bebês,
- Cachorrinhos,
- Praças aos sábados,
- Museus,
- Sujar o nariz de sorvete,
- Comer brigadeiro de panela com os dedos,
- Fazer cachos nos cabelos,
- Laços, vinis,
- Cheiro de cera,
- Sofás antigos,
- Sofás floridos,
- Jazz,
- Raios de sol que passam pela cortina,
- Acordar cedo automaticamente,
- Banhos que começam quentes e acabam gelados,
- Toalhas felpudas,
- Fazer as outras pessoas sorrirem,
- Contar piadas sem graça,
- Pessoas que cuidam de mim sem notar,
- Sair correndo do tubo do ônibus e girar a catraca bem rápido,
- Usar saias com meia calça,
- A Biblioteca Pública do Paraná,
(E o pão de queijo que vendem na frente dela),
- As flores do ipê amarelo,
- Passarinhos,
- Livrarias,
- Pisar em folhas secas,
- Sentir cheiro de orvalho,
- Cozinhar ouvindo MPB,
- Casas de madeira,
- Acordar com SMSs bonitinhos,
- Pensar,
- Gente que mostra entusiasmo ao falar sobre o que gosta,
- Aquele ventinho noturno do verão,
- Neblina,
- Vapores no banho,
- Voz de quem acabou de acordar,
- Cabelo despenteado,
- Gravar CDs,
- Descobrir algo novo que pode deixar alguém feliz,
- Cantar,
- Perceber que eu chorei por besteira minha e rir depois,
- Chorar e ser abraçada depois,
- Ser abraçada,
- Beijinhos de esquimó e beijinhos no nariz,
- Cafuné,
- Passear pela Comendador Araújo,
- Bolo de chocolate,
- Bolo de uva,
- Arco íris,
- Os cachorros do centro politécnico,
- Ver as paisagens pelas janelas dos ônibus,
- Descobrir caminhos alternativos,
- Caminhar,
- Ajudar os outros,
- Atravessar a rua pisando em uma só cor das faixas,
- A rua XV em fim de domingo,
- Feirinha de inverno,
- Imaginar coisas bonitas,
- Teoria das Cordas,
- Multi-universos,
- Limpar a casa,
- Encontrar coisas que eu havia esquecido que tinha,
- História medieval,
- Ver gente distraída e imaginar no que estão pensando,
- Inventar uma vida inteira para cada pessoa com quem eu cruzo na rua,
- Cheiro de café,
- Andar de maõs dadas,
- Ficar na ponta dos pés para beijar alguém,
- Correr para encontrar quem fiquei sem ver há muito,
- Glicínias,
- Setembro,
- Barba,
- Meias de lã,
- Componentes soltos de computador,
- Imagens foscas,
- Tons pastel,
- Pastel da Dona Marisalba,
- Ir à mesquita ficar só de meia sobre os tapetes,
- Sentar em igrejas e de ficar observando as pinturas e ouvindo o som das pessoas rezando,
- Colocar palavras desconexas nos meios das minhas frases,
- Usar o diminutivo,
- Patos,
- Capivaras,
- Macacos,
- Peixes,
- Subir em árvores,
- Andar descalça,
- Pintar as unhas,
- Cartas escritas à mão,
- Encostar meu nariz gelado nas pessoas,
- Sentir o vento gelado no rosto e
- Acreditar na felicidade das pequenas coisas.
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