domingo, 27 de junho de 2010

Dez coisas sobre mim sobre as quais ninguém se importa mas eu gostaria muito que se importassem.

01. Eu sou muito chorona. Chorona demais. Chega a ser chato, eu sei, mas tem coisas que mexem comigo de modo que me fazem escorrer pelos olhos. E é difícil de segurar. Venho trabalhando nisso a anos, mas ainda não tenho cem por cento de eficiência. E quando eu choro, eu não quero que as pessoas ao meu redor fiquem com aqueles risinhos desesperados de quem não sabe o que fazer. Se não sabe o que fazer, fique quieto.

02. Eu não ligo para o modo como as pessoas se vestem, nem para o modo como arrumam o cabelo ou algo que o valha. Logo, não ligo nem um pouquinho para o que estou vestindo, ou aparentando.
03. Eu não tenho nojo de praticamente nada. Para ser bem sincera, a única coisa que me enoja e que consigo lembrar é o calcanhar de maracujá. Então é bem provável que eu fale um monte de nojeira para você sem nem sequer me dar conta. Desculpa.
04. Eu odeio quando alguma coisa dá errado, ou quando surgem aqueles silêncios, ou quando quebro as expectativas de alguém. Portanto é bem provável que você me pergunte algo e eu já responda me desculpando. Isso deve ser extremamente irritante e constrangedor, mas é algo que foge do meu controle.

05. Eu sou meiga. Por dentro. Eu não demonstro para ninguém. Hãn, err, para quase ninguém. Funciona mais ou menos assim: Eu não levo em conta o tempo que conheço a pessoa, mas sim a segurança que ela me transmite. Não raramente alguém consegue minha empatia gratuita. Desde pequena, quando eu via pessoas que realmente mostravam o que sentiam, ou meninas fofas, sempre notava que essa imagem estava intimamente ligada com a impressão de ignorância. Certa vez li algo como "Pessoas felizes são pessoas ignorantes" e fiquei com isso na cabeça, por muito tempo. E comecei a esconder o que eu sentia, me fantasiando de menina forte e bem resolvida. Mas eu não sou assim. Eu sou uma fracotinha que tem o coração derretido ao ver a árvore preferida ou um casalzinho feliz da vida. Só não conta para ninguém.

06. Eu sou romântica. Romântica a ponto de evitar de me apaixonar por ter expectativas e planos muito bem definidos sobre um relacionamento. Não que eles sejam surreais ou difíceis de serem correspondidos, só ainda não acho que encontrei alguém que consiga suprir toda a minha necessidade de fofura e cafonice (Digo, se encontrei não sei. É que eu sou péssima em ler entrelinhas, vide item 7). Eu sonho com flores, abraços e declarações de amor. Em abraços quentes (e quando digo quente não estou fazendo nenhuma alusão à sexualidade explícita. Estou falando de temperatura corporal mesmo.), em silêncios que dizem tudo. Olho no olho, sorriso, amor. Amor mesmo, de verdade. Amor de poder dizer "Eu te amo" sem ter dúvida e sem vergonha de parecer demodê, de andar de mãos dadas, de tomar café e conversar sobre qualquer coisa. Amor de ser amigo, de ser companheiro. Amor que valha a pena, que dure e que seja feliz.
07. Não sei ler entrelinhas. Não consigo. Portanto, se quer me dizer algo, simplesmente... Diga. Eu prometo entender. Só não perca seu tempo me mandando mil indiretas. Sou insegura demais para compreender algo que alguém quer dizer mas não diz. Tanto que praticamente todo o meu dia é compartilhado com certos amigos que me ajudam a interpretar os fatos ocorridos. De verdade.

08. Eu tenho alguns bons amigos. Metade deles são virtuais. E eles sãoamigos. Meninas e meninos podem sim ter um relacionamento de amizade, apenas. Eu não quero nada com eles e eles não querem nada comigo. Agradeceria se me poupassem dos comentários sobre nossos "possíveis relacionamentos" ou "paixões platônicas". Isso não existe. São meus amigos de fé, meus irmãos camaradas. Eu não vou fugir para a Polônia para ter mil e uma noites de amor com o Michal, não vou dar uns beijos no Rodrigo e não vou namorar com o Niuton. Mas eu vou amá-los para sempre. 
09. Eu tenho muita vergonha de mim. Tenho vergonha do meu corpo, tenho vergonha do meu jeito de ser e do que eu penso. Eu me escondo. Eu tenho manias esquisitas, como aquela de imitar o homem-aranha quando estou nervosa, ou de fingir que tenho um sabre de luz. É vergonhoso mas sou eu.


10. Eu sou fanática por abraços. É uma das coisas que me deixam mais feliz. Se eu estou mal, um simples abraço já me deixa fodidamente feliz. Eu acho que, em diversas vezes, um abraço significa bem mais que, hm, sei lá, um beijo.

Um comentário:

Madame Morte disse...

Somos todos feitos de defeitos.Principalmente defeitos.Quando não detesto, admiro os defeitos, por serem os principais traços da personalidade de alguém...e sei lá...ando muito vazio e burro e ignorante(e não é felicidade, pelo contrário), não sei mais o que dizer.