terça-feira, 25 de maio de 2010

:)

Vai, não é de ninguém mesmo. Toma pr'ocê.

"Esses dias eu acordei, era tarde já, e eu fui fazer um chá. O chá estava quente para caralho e me queimou a lingua. Mas eu nem liguei muito, já que eu tinha de tomar algo bem quente mesmo, para me aquecer. O frio está de rachar. O pior inverno que já enfrentei, mesmo ainda sendo outono, mesmo que as pessoas digam que ainda está quente, que já era para ter geado. Mania idiota essas que as pessoas tem, de menosprezar o que eu estou sentindo. O frio é meu, quem sente sou eu. Que droga.
Acontece que eu já estava atrasada (como todos os dias). Fiz tudo correndo, vesti minhas blusas e saí. O cabelo estava escondido pelo capuz, e mesmo que não estivesse, não faria muita diferença. Cruzaria com todas as pessoas com quem cruzo todos os dias, e elas já estão acostumadas a me ver descabelada, seja no frio ou no calor. Meu cabelo já fazem uns três dias que eu não penteio, e esse é o mesmo tempo que ele não é lavado. Como se alguém ligasse.
Eu estava bem agasalhada, mas ainda assim estava morrendo de frio. O que, na certa, era algo bem perceptível, a julgar pelo modo como meus lábios tremiam.
Mas aí eu te vi de longe, e você sorriu. Tive aquela sensação que começa no coração e termina no estômago.

Valeu meu dia, cara."

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