segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Da pseudo-filosofia.

"Nada é certo, se não a incerteza, nem há nada mais miserável e orgulhoso do que o homem."
Orgulhoso e instável, diga-se de passagem. Eu mesma sou um grande exemplo disto. Até pouco tempo atrás eu odiava qualquer coisa relacionada à filosofia, sociologia e afins. Mas agora me perco entre Descartes e Kant. A seção da BPP se tornou pequena. Tomei gosto. De pensar que antes eu achava a "Alegoria da Caverna" algo totalmente sem sentido. Ah, pequena Marjorie, quanto tempo você perdeu.

E o que dizer das tardes dissecando os aforismos de Schopenhauer?
As agradabilíssimas noites com Foucault?
Ou os momentos de revolta, que poderiam ser sanados com simples cartas (obviamente nunca entregues) para Marx.

Pensar se tornou meu passa-tempo preferido. Ser desafiada é um deleite. Parar e refletir sobre o que é real, o que é falso. Sobre exemplos, sobre minhas próprias ideologias.

Poucas horas atrás estava imersa no ócio. Bastou uma frase, ou melhor, um desafio, para que tudo voltasse à ser como era antes, voltar à ter sentido.

Afinal de contas, isso tudo não passa de sua interpretação. Passei um certo tempo interpretando como chatisse, obrigação. Agora tudo se tornou um caminho a seguir, quem sabe até na faculdade.

Baby, seasons change, people too.*

Escrevi (toscamente, diga-se de passagem) uma interpretação para a primeira frase deste texto. É apenas algo que me ocorreu e que, provavelmente, parecerá leviano para grande parte (para não dizer a maioria) das pessoas. Enfim, é um chavão. Mas é meu.

"Nenhuma verdade é absoluta. Logo, nenhuma verdade consegue ser totalmente correta em todos os sentidos. Entretanto, o ser humano é detestável o bastante a ponto de criar suas verdades e acreditar cegamente que ela é total e absoluta, quando não passa de mais uma hipótese."

Um exemplo? Claro, sou bobinha mais eficiente. Elaborei um também.

"Peguemos uma pessoa apaixonada. Para esta, o "amor", "paixão", "atração" (ou seja lá como denomina-se "isto") será o melhor dos sentimentos. Agora, para um desiludido será algo totalmente dispensável, cruel. Logo, alguém que nunca sentiu isso pode analisar as duas "teorias" e escolher uma para acreditar. Mas tudo isso acaba sendo muito relativo e pessoal, já que nenhuma das teorias é total e absoluta."

Um comentário:

dentrodabaleia disse...

Pode crer, o ser humano é feito de incertezas. A partir do momento que não há dúvidas, nos tornaríamos animais cegos.

Enfim, a forma de enxergar a realidade é diferente pra cada pessoa. Por isso é bacana sempre estar disposto a aprender coisas novas

Pá e bola, yo