Todo dia ela acorda, e já não realmente importa, se agora é a faculdade o que antes era a escola.
Continua sendo sempre a mesma coisa, o mesmo dia. Mesmo agora que ela dirige o carro que o motorista dirigia.
E se por descaso ou por faltas as notas não vão bem (Ahh!)
Em casa não faz diferença, ninguém espera que ela vá mais além.
Madalena não entende esse vazio tão cheio, a agonia da falta de não ter, e ela não sente, não entende o seu presente, não quer aquilo que não pode escolher.
Sua mãe sempre ocupada, só encontra Madalena quando vão fazer as unhas ou o cabelo no salão.
E o pai acha que se ela tivesse nascido homem, o estudo importaria bem mais do que a boa educação.
E a empregada acha estranho sua maneira de conversar (Ahh!)
Mas sabe que é só com ela que a menina é sincera ao falar.
No fim de semana quando ela sai, ela procura coisas novas. Novas drogas, novos homens,'pra tentar se fazer sentir.
E quando já é de manhã, e ela volta pra casa, não há nada além de lágrimas, não há palavras pra exprimir.
Então ela chora, chora e tenta entender o que acontece.
Mas Madalena não entende.
Não entende, não...
Recomendo-lhes: Unidade Imaginária.
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