sábado, 30 de janeiro de 2010

Unidade Imaginária.

Todo dia ela acorda, e já não realmente importa, se agora é a faculdade o que antes era a escola.

Continua sendo sempre a mesma coisa, o mesmo dia. Mesmo agora que ela dirige o carro que o motorista dirigia.

E se por descaso ou por faltas as notas não vão bem (Ahh!)
Em casa não faz diferença, ninguém espera que ela vá mais além.

Madalena não entende esse vazio tão cheio, a agonia da falta de não ter, e ela não sente, não entende o seu presente, não quer aquilo que não pode escolher.

Sua mãe sempre ocupada, só encontra Madalena quando vão fazer as unhas ou o cabelo no salão.

E o pai acha que se ela tivesse nascido homem, o estudo importaria bem mais do que a boa educação.

E a empregada acha estranho sua maneira de conversar (Ahh!)
Mas sabe que é só com ela que a menina é sincera ao falar.

No fim de semana quando ela sai, ela procura coisas novas. Novas drogas, novos homens,'pra tentar se fazer sentir.

E quando já é de manhã, e ela volta pra casa, não há nada além de lágrimas, não há palavras pra exprimir.

Então ela chora, chora e tenta entender o que acontece.
Mas Madalena não entende.
Não entende, não...

Recomendo-lhes: Unidade Imaginária.

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