sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Dia 18 de Dezembro de 2009, às 14:52.

Ah, fim de ano.

Época de parar, sentar para refletir. Passar horas sentada e perceber que você não pensou em nada útil, e que não fez porra nenhuma durante os 365 dias anteriores.

Esse ano foi um dos meus mais equilibrados.
Foi uma merda, mas eu até que me diverti.
Em suma, me diverti quebrando regras, mas me diverti.

Neste ano, eu comecei a falar com um amigo polonês, que já conhecia há alguns anos, mas que só fui descobrir agora que ele curte morder umas corças, a lá Edward.
Conversei com um amigo belga, que ama história e acha que no Brasil falamos espanhol.
Conversei com um amigo inglês, que é um grande especialistas em 'carseats'.
Roubei filósofos de um amigo estadunidense.
Sem notar, fui me afastando de uma amiga alemã.
Me tornei uma grande amiga chinesa, a quem mostrei o mundo, com links em português. (haha)
Conheci uma amiga finlandesa que, infelizmente, já voltou para lá.
Um canadense, que é meio mano.
Neste ano, eu conheci o mundo.

Melhorei, sem dúvidas, o meu até agora precário inglês.

Risquei pessoas do meu círculo social. Umas porque desejei, outras porque não pude evitar.

Neste ano, eu perdi muito.
Perdi amigos, perdi jogos, perdi para a morte. Essa foi, sem dúvida, a pior das dores. Perdi parentes, perdi melhores amigos.

Neste ano, meu SkyScraperCity ficou vazio, perdi toda a motivação de fotografar.

Neste meu querido ano de 2009, fiz muitos inimigos.
Amigos que tornaram-se inimigos.
Amigos de amigos que tornaram-se inimigos.
Vizinhas que tornaram-se uma pedra no sapato.
Bibliotecários que tornaram-se inimigos.
Livros que eu não terminei de ler, filmes que não quis assistir.

Sim, neste ano eu odiei muito.

Mas, além do ódio, além de todas as outras coisas, eu aprendi.
Eu aprendi com quase todas as pessoas, eu aproveitei.
Roubei um pouquinho de cada um, para formar um 'eu'.

Uma vez por dia, tornava-me uma personagem. Ora de Shakespeare, ora de Palahniuk.
Corrigi os 'Aforismos Para a Sabedoria de Vida', de Schopenhauer.

Passei horas olhando janelas.
Passei horas na biblioteca.

Tive Limerences incontáveis.

Demorei, mas notei, que mudei demasiadamente.

Já não sinto nada escutando aquela bandinha teen de tanto tempo atrás.
Perdi todos as minhas habilidades sociais (se é que já existiram).

Descobri um problema no rim, meu grau subiu.

Neste ano, eu chorei.
Chorei com motivo, sem motivo. Chorei mais do que já havia chorado em toda a minha vida.

Neste ano de 2009, fui assaltada, me perdi, cai.
Cai demais. Não só figurativamente, mas também literalmente.

Descobri o quanto eu gosto de estudar, o quanto gosto de computadores.

Me auto-afirmei em diversos momentos, o que foi bom para meu ego, mas péssimo para minha razão.

Notei que não adianta tentar ser o que não sou.
Não adianta tentar esconder meu péssimo gosto para vestuário (Meu guarda roupa limita-se a jeans, tênis e camisetas, um tanto quanto largas, e na maioria das vezes de alguma banda, que a maioria das pessoas ou odeia, ou acha demodeé demais), meu gosto nerd para filmes e séries (nada, mais nada vai mudar minhas preferências. Não adianta, dentre minha lista de sonhos sempre estarão coisas como um sabre de luz e um nick tão legal quanto 'Wolowizard') e meu gosto excêntrico e violento para autores. Minha imensa relação de ódio com Crepúsculo, Harry Potter e toda essa porcaria que a corja teen chama de literatura.

Me tornei um pouco menos Sofia Amundsen, e um tantão mais Sheldon Cooper.

Toquei menos violindo, arranhei mais guitarra.

Deixei o cabelo mais comprido, o óculos mais sujo.

Pensei menos nos outros, bem mais em mim.

Cresci muito. Não para cima, mas para os lados. E cresci um bocado para dentro.

Obrigada, 2009. Vá, vá logo. Não sentirei falta de você.

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