Não estou para a paixão.
Se é que algum dia já estive.
Mas agora, sendo sincera, já me apaixonei uma porção de vezes. Mas não gosto de admitir. Gosto de bancar a durona. Não sei porque.
Aí, enquanto os outros estão por aí, eu fico com essa indefinição pairando sobre mim. E com esse humor sem-sal.
Estou até meio perdida.
Escutando aquele tipo de coisas que você só escuta quando está com dor. Não dor, como dor de cabeça. Dor tipo aquela dorzinha, que vem lá de dentro. E que, de uma hora para outra, aumenta e explode. É sempre assim. Nessas horas me lembro de Lygia Bojunga e de sua bolsa amarela. Será que se eu furar minhas vontades, elas somem?
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