sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Untitle

Ela não sentia vontade alguma de sair da cama. Ela queria sumir, simplesmente. Olhou para o lado, e começou a lembrar do dia anterior. As lembranças deixaram a angústia mais presente. Vontade de nada. Estava tudo errado. Aquela agunia de quem não quer pensar em nada. Ela não queria mais viver para nada. Trancou-se no banheiro. Olhou, exitante, para a gilete, já enferrujada. Não daria trabalho à ninguém. Buscou uma pilha de toalhas velhas, e às colocou ao lado da banheira, que era enxida de água. Seu fim não seria brilhante. Seria digno de sua vida. Com a banheira, já cheia, pegou a gilete, e entrou. Não sentiu dor. Não se arrependeu. Ela era nada. Voltou para o nada. Morreu.

Um comentário:

Silas disse...

Que triste.
A definição de nada tá certo, as pessoas que morrem a sim "geralmente" não simbolizaram nada.
Embora grandes personagens de nossa história tenham cometido suicídio.